quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A perversidade do sistema financeiro actual

Este é mais um documento que será interessante visualizar. Vem na linha do que temos vindo a defender aqui: o sistema financeiro actual lançou o mundo numa crise sem precedentes e não será fácil um poder popular, a nível global, fazer-lhe frente e regulá-lo de modo a que o dinheiro seja um meio de servir a humanidade no seu todo e não um fim a atingir pelos senhores todo-poderosos, gozando dele a seu belo prazer. Vejam e ouçam: http://www.youtube.com/watch?v=QiY8QB1fNAY&NR=1 E um óptimo 2012, apesar da crise! Há mais vida apara além da crise, caramba! O que é preciso é arregaçar as mangas, ir ao trabalho, não ficar à espera de subsídios, continuar a lutar contra os corruptos! E tudo isto, sempre a sorrir, que as lágrimas e o desânimo não pagam dívidas!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Um banco exemplar!

Banco Jak diz que tem um regime resistente à crise O banco Jak diz que a crise financeira de há três anos e a actual crise do endividamento europeu jamais teriam acontecido se todos os bancos funcionassem como ele. O banco Jak surgiu na Suécia e Dinamarca no início dos anos 30, como resposta aos factores que motivaram a Grande Depressão despoletada em 1929. O conceito de cooperativismo bancário do Jak é o de que os juros são o cancro do sistema capitalista e que a inexistência de juros impede a formação de crises bancárias e financeiras por eliminar o factor da ganância. O banco Jak, que na Suécia e Dinamarca tem mais de 50 mil membros, só faz empréstimos sem juros, na maioria empréstimos à habitação, pagando os membros apenas uma taxa anual de pouco mais de dois por cento para os ordenados e as despesas correntes do banco. Os valores das prestações mensais são calculados de forma impensável num banco tradicional. Em vez de pagar, por exemplo, 400 euros de empréstimo e juros por mês, o Jak cobra apenas 200 para abatimento do capital e outros 200 são depositados numa conta em nome do cliente. No final do empréstimo, o cliente não só saldou a dívida toda, como pode levantar um valor igual aquele que tinha pedido emprestado. O sistema é infalível, fazendo também do Jak o único banco da Europa com uma cobertura de 100 por cento do capital, dado que o Jak não empresta dinheiro sem receber simultaneamente um valor idêntico em depósitos. http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2099503&page=-1 Os empréstimos de JAK não são grátis. Para sê-lo, a cooperativa teria que funcionar só com o trabalho de voluntários, e mesmo que num princípio foi assim, chegou um momento em que o número de membros cresceu tanto que a cooperativa precisou profissionalizar-se. Hoje, JAK conta com aproximadamente 30 empregados aos que têm que pagar um salário. E não só isso, também tem outros gastos fixos. JAK é, pelo tanto, uma cooperativa que oferece um serviço profissional aos seus membros. Para pagar este serviço, os beneficiários dos empréstimos têm que pagar uma taxa administrativa. É o custo real do empréstimo. Para assegurar que o sistema não pare e que novos membros possam beneficiar-se de empréstimos sem interesses, JAK inclui nos seus empréstimos uma cláusula de poupança obrigatória. Em poucas palavras: se tomas emprestado 50.000 euros a devolver em 20 anos, JAK obriga-te a ir poupando outros 50.000 euros numa conta paralela e blindada. Quando tens acabado de devolver o empréstimo, JAK abre-te a conta e podes dispor dos 50.000 euros. Que tem feito JAK durante todo esse tempo com o teu dinheiro? Emprestá-lo a outros membros! JAK è uma cooperativa democrática que dá muita importância à formação de seus membros. Inverte dinheiro nele e não o faz em publicidade. Os membros assistem a cursos organizados por JAK e com tal estão melhor preparados para apresentá-lo a todos os seus contactos. JAK também apoia a outros projectos que queiram sacar adiante iniciativas similares noutros países. Uma associação italiana (www.jakbankitalia.it) está tentando actualmente. Para quando em Portugal? Para quando no mundo inteiro, acabando com todos os otros tipos de bancos?

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Uma guerra de classes

Já há muito que ando para escrever, aqui, sobre a incapacidade dos economistas encontrarem uma solução para a crise: os países estão endividados e a receita -OBVIAMENTE FALSA! - É A CONTRACÇÃO DA ECONOMIA! Ora, com a contracção da economia não é possível, a qualquer país, gerar riqueza para pagar juros e a dívida que se vai acumulando,não se sabe até quando... Mas o que vão ouvir, nesta entrevista, apresenta uma perspectiva complementar desta incapacidade: a ganância dos senhores do dinheiro e o fracasso/colapso do sistema monetário internacional! http://www.youtube.com/watch?v=tv4WyOQedj4&feature=player_embedded Cordiais saudações! .

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Afinal, há solução para a crise!

Fácil! Ao alcance da mão! É só querer! Problema é que o Homem, na sua globalidade, não quer! A solução não está em repetir os erros que levaram à crise – como, por exemplo, injectar mais dinheiro nos bancos europeus e americanos – mas numa nova atitude perante o mundo e a vida, perante os outros. Por parte da humanidade! Todos! A começar e a acabar nos mais poderosos, os mais ricos. Perante o mundo: desenvolvimento com respeito integral pelo Ambiente. Perante a vida: todos têm direito a uma vida digna, com o mínimo indispensável à subsistência, mas também à educação, à habitação, aos cuidados de saúde. Perante os outros: distribuição da riqueza conforme o trabalho de cada um, todos com os mesmos direitos, todos com os mesmos deveres! Eis um, entre tantos que se podem mencionar ou “inventar”, modo prático de atingir e de mudar de atitude: cada país produzir todo o seu sustento, empregar toda a mão-de-obra, exportar apenas os excedentes, importar apenas o que não possa produzir. Mesmo que isso seja mais caro. Mas o que parece ficar mais caro, não o será, se tivermos em conta todos os factores inerentes ao processo. Um exemplo português: importar arroz da China fica mais barato do que produzi-lo em Portugal. Certo! Até porque na China, por enquanto, o trabalhador ganha dez vezes menos que em Portugal. Mas não se tem em conta um outro factor altamente importante para o Ambiente: poupa-se imensa energia, a nível global, com menos emissões de CO2, se menos um barco zarpar da China e atracar em Portugal um mês depois! “Ver global” também é isto! Ainda no respeito pelo outro, tendo todos direito a um emprego ou um trabalho tanto quanto possível de acordo com as aptidões de cada um, mas também no respeito pelo ambiente, há que atentar no não aumentar da população terrestre: aliás, quanto menos população, menos problemas de sustentabilidade a todos os níveis. E se parássemos nestes sete mil milhões para os quais já não há sustento, pois cerca de 4/5 passam fome? Então a solução está na distribuição de preservativos e na educação das populações e assistência médica para um planeamento familiar efectivo. Porque não se avança e se está á espera de... um milagre divino, quando é ao Homem que cabe resolver a situação? Esta uma pergunta feita a todos os economistas prémios Nobel ou não, a todos os políticos, a todos os chefes religiosos! Algum deles quererá/saberá responder? (Tudo isto remete para textos já aqui publicados antes.)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Ideias novas, têm ouvido algumas?

A crise acentua-se dia-a-dia devido às dívidas soberanas, não produzindo os países o suficiente para colmatar o que gastam em todos os sectores de actividade dos seus cidadãos: educação, saúde, alimentação, etc., tendo que endividar-se continuamente para fazerem face a essas despesas. Todos conhecem a origem do endividamento, todos sabem como resolver o problema... Sabem? – Não! Ninguém sabe dizer mais do que já se diz há muito tempo, desde que há tratados de economia: aumento da produtividade, aumento da competitividade em ordem a aumentar as exportações, aumentando assim o emprego e, simultaneamente o PIB do país, gerando riqueza não só para colmatar as necessidades dos cidadãos, mas também para amortizar juros e dívida contraída. (E bancos fortes ou com elevada liquidez! Como se isso fosse possível, no mundo corrupto a que o próprio sistema conduz!) Ora – e voltamos a repetir ideias já noutros textos apresentadas – o PIB de um país não pode continuar a crescer ad infinitum, as economias não podem continuar a crescer sem fim à vista e o emprego não pode continuar a ser garantido. Com o actual sistema económico-financeiro, claro está! É que todos os países ou todos os povos – sobretudo os que ainda não chegaram às benesses da dita civilização ocidental – querem ter essas mesmas benesses que, neste momento, pertencem apenas a uma parte reduzida da humanidade: cerca de 1/5. E novamente, a pergunta: o que acontecerá aos recursos naturais quando todos tiverem – se é que algum dia terão! – as benesses da tal civilização a que nós temos a sorte de pertencer? (Sorte, por enquanto: o futuro é uma incógnita!) Para já, milhões continuam a morrer de fome e doença no mundo inteiro enquanto outros se abarrotam de alimentos e de cuidados médicos, prolongando a vida artificialmente. Mas isto vai durar pouco. O sistema está a entrar em colapso. E não é só na Grécia ou Portugal, mas em todos os países já desenvolvidos e que não param de se endividar para manter o status quo, com os USA à cabeça, ao possuírem a maior dívida a nível mundial, estando reféns da China e da tramóia que engendraram para que o mundo gire à sua volta, sobretudo o mundo energético do petróleo, pago em dólares... Mas isso é outra história a que nos referiremos ainda aqui.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Interrupção forçada de férias!

Perante os graves acontecimentos que se vão sucedendo pelo mundo, quer político – violência inaudita e sem sentido em Inglaterra – quer económico-financeiro, como o sistema bancário suíço, ao qual chamam “a maior lavandaria de dinheiro “sujo” do mundo, a tremer perante a exigência dos USA em conhecer as contas milionárias dos norte-americanos que ali depositam o dinheiro vindo dos seus negócios escuros de venda de armas, drogas, ouro e diamantes, matérias primas, fugindo ao fisco..., além do afundamento das bolsas mundiais por receios de uma recessão global das economias não emergentes e, obviamente, dos países europeus que ameaçam entrar em colapso devido às dívidas soberanas, tivemos de regressar, pelo menos com uma intervenção, das gostosas férias que ainda nos são permitidas a nós, os que de algum modo pertencemos à classe dos “ricos”...
Não há dúvida: cedo ou tarde os países ditos ricos deverão ou terão de aceitar uma humanidade muito diferente da actual baseada num sistema económico-financeiro sempre propiciando a corrupção e a ganância. E, para tal, estabeleceríamos cinco pilares (não os do Islão, está claro!) a que todas as pessoas têm direito:
1 – ao trabalho (aqui, ao mesmo tempo, o dever de trabalhar).
2 – ao alimento
3 – a uma casa ou abrigo
4 – aos cuidados de saúde (aqui, controlando o crescimento da população, para não exaurir os recursos escassos e limitados da Terra, bem como deixar lugar às outras espécies animais e vegetais)
5 – à educação
Os USA e a Europa, que impuseram ao mundo o actual corrupto sistema económico-financeiro, serão forçados a aceitar mudanças radicais. Se não, serão vítimas da violência por parte dos pobres deste mundo e dos ataques das economias emergentes, nomeadamente da China e da Índia que encherão o mundo com os seus produtos, a preços tão baixos que implodirão todas as empresas semelhantes europeias e norte-americanas. Portanto, se isto é certo, mais cedo ou mais tarde, é um erro continuar a salvar os sistemas financeiros que estiveram no início da actual crise em que o mundo rico está mergulhado e que não têm argumentos para o fazer sair dela.
Claro que o problema será como mudar, quem começará, quanto tempo de transição será necessário (Não mais bancos, não mais agências de rating, não mais offshores, não mais bolsas, não mais usura: dinheiro ganhando dinheiro não olhando a meios para alcançar tão ganancioso objectivo, aliás, filosoficamente e humanamente, estúpido...)
Este é o grande desafio colocado às Universidades de Economia do mundo inteiro. Estamos curiosíssimos em saber qual delas será a primeira a ter a coragem de dar o primeiro passo em ordem a apresentar soluções!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Férias na aldeia...

Este blog vai entrar de férias! Mas não, sem antes fazer-se eco do que circula, na Net, como se o mundo fosse reduzido a uma aldeia de 100 pessoas. Nessa aldeia, teríamos:
1 – 100 asiáticos, 21 europeus, 14 americanos, 8 africanos;
2 – 56 mulheres, 44 homens;
3 – 70 pessoas de cor, 30 caucasianos;
4 – 89 heterossexuais, 11 homossexuais;
5 – 6 seriam donos de 59% da riqueza e seriam todos dos Estados-Unidos;
6 – 80 viveriam na miséria, 70 não teriam recebido qualquer instrução escolar, 50 passariam fome, morreria 1 por cada 2 que nasceriam, 1 teria computador e 1 teria instrução superior.
Os dados poderão não estar totalmente exactos, em proporcionalidade, mas aproximar-se-ão muito da realidade. Dado mais credível, porque fundamentado, é o de que c. 5% da população mundial possui c. de 95% da riqueza produzida no mundo. Daí, aqueles 80/100 que viveriam na miséria!
Se esta for a Verdade dos números – e, infelizmente, não deve andar muito longe disso! – teremos toda a razão em pugnar, como o fazemos aqui, por uma nova ordem económico-financeira mundial que ponha cobro a tamanhas desigualdades e a tais desmandos em que navega a humanidade.
Somos privilegiados e pertencemos aos “ricos” que podem fazer férias! Mas não deixamos este lugar vazio de ideias novas. Remetemos, de novo, para os textos-base publicados em Julho/Agosto de 2010, a saber, Sustentabilidade (I-VII) e Modus operandi (I-VII). Ali, se contém o essencial de como “dar a volta” ao mundo financeiro, causador de todas as desgraças, de todas as crises, de todas as injustiças e propiciador de todos os crimes, crimes obviamente de corrupção ou com ela conectados.
Estas ideias vêm sintetizadas no cap. V do meu livro “Um Mundo Liderado por Mulheres”, Esfera do Caos, Editores, que, sem falsa modéstia, se aconselha como leitura de férias: é livro que não fala só de economia mas contém outras agradáveis surpresas...