segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Um Mundo Liderado por Mulheres - 4

E, nada de novo, no Reino caótico da Economia, havendo a referir, ninguém se entendendo quanto ao modo de "dar à volta" à crise das dívidas soberanas e do desemprego galopante a nível global, continuemos a transcrição do livro em análise: «O grande e dificílimo problema seria, pois, o da Economia. Com maiúsculas para evidenciar a sua fundamental importância. É realmente urgente implementar uma Nova Ordem Social baseada em novos conceitos políticos, económicos e sociais, uma Ordem que, abrangendo todos os cidadãos, promova entre eles a igualdade de direitos e deveres, por um lado, por outro, atente nas diferenças das suas capacidades de participarem na vida da sociedade. Fomentar-se-ia, assim, a justiça social, tendo mais elevado nível de vida quem mais produzisse, mais contribuísse, mais trabalhasse, fazendo os outros, os que não pudessem exercer um trabalho de rentabilidade económica, trabalho para a comunidade, de acordo com as suas aptidões, e ganhando em conformidade, tendo obviamente salário inferior aos primeiros. Mas nunca se impediria o desenvolvimento das capacidades de cada um, permitindo-lhe satisfazer o desejo inato no Homem de ambicionar sempre mais, procurando sempre atingir patamares de vida de nível mais elevado. Por outro lado, garantir-se-ia a todos os indivíduos o direito inalienável à satisfação das suas necessidades básicas de roupa, alimentação e abrigo; saúde e educação, também, obviamente! O slogan seria: “Nem comunismo nem capitalismo selvagem!” Se se provou que o comunismo faliu, e não menos o capitalismo, a Economia não poderá continuar apoiada nos dois pilares que até agora todos os grandes “cérebros” – homens, claro! – defenderam e continuam a defender: a produtividade e a agressividade das exportações sempre na pesquisa de novos mercados, aumentando os lucros! O “inteligente” sistema funcionou enquanto não houve a globalização, todos, a nível mundial, pretendendo atingir as mesmas performances nas suas empresas. O fenómeno da globalização, como que gerando dentro de si próprio a autodestruição, veio pôr a nu a fragilidade do modelo, pois é óbvio – e só não vê quem não quer! – é óbvio que não se poderá continuar ad aeternum ou ad infinitum a produzir cada vez mais quando a população mundial não pode – não pode!!! – continuar a crescer e a consumir, a um ritmo desenfreado e sem controle, os recursos existentes, ou então a vida no Planeta não terá viabilidade! Apesar dos enormes desperdícios nos países ditos industrializados, o que é certo é que um terço da humanidade actual passa fome ou é subnutrida, e isso significa o assustador número de dois mil milhões de seres humanos. Não é arrepiante? Não é escandaloso? Talvez que, aproveitando bem e distribuindo com sabedoria os alimentos produzidos, talvez que ao menos esta humanidade, nos seus seis mil e quinhentos milhões de seres, pudesse ser convenientemente alimentada e servida dos outros bens essenciais à vida: habitação, roupa, saúde e educação. E isto sem esaurir a Terra dos seus recursos. Portanto, STOP! É tempo de fazer parar o crescimento da espécie humana que já se tornou espécie invasora, não assegurando qualidade de vida para muitos dos que vão nascendo, nem permitindo que outras espécies vivam e façam a grande Harmonia dos seres vivos na Terra. Embora aqui se ponha o problema ético de saber quem poderá e quem não poderá nascer. Mas é um problema aparente ou sem cabimento. Nitidamente um falso problema! Na realidade, são possíveis seres que nunca o serão. Aos milhões! Aos biliões! E não o serão simplesmente por impossibilidade de o serem num habitat já saturado. O Homem terá de se incluir na lógica do Reino animal de só alguns poderem vir à vida, lógica que acontece com todas as espécies, havendo controle e selecção natural, o mesmo se verificando no Reino vegetal, com os seus pólens, estames, estiletes e estigmas onde se dá a fecundação, rejeitando as árvores centenas de frutos para apenas permitirem o crescimento dos que podem criar e fazer amadurecer. Não deixa de ser totalmente cínico da parte de certas religiões ou crenças – e não vale a pena citar nomes – que defendem o não controle da natalidade, afirmando que todos os filhos possíveis de um casal são “dons de Deus”. Que Deus, Santo Deus! Que estupidez e que crime contra a própria Natureza que nos permitiu vida, Santo Deus de todos os deuses!»

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Um Mundo Liderado por Mulheres - 3

THOMAS JEFFERSON, terceiro presidente dos Estados-Unidos, escreveu, há 200 anos: «Acredito que as instituições bancárias são mais perigosas para as nossas liberdades do que o levantamento de exércitos. Se o povo americano alguma vez permitir que os bancos privados controlem a emissão da sua moeda, primeiro pela inflação, depois pela deflação, os bancos e as empresas que crescerão à roda dos bancos despojarão o povo de toda a propriedade até os seus filhos acordarem sem abrigo no continente que os seus pais conquistaram.» Tendo em conta esta sábia afirmação, voltemos ao livro: «A crise mundial no dealbar do séc. XXI: análise, discussão e propostas (Alargando ideias e conceitos) Seus autores/actores: homens! Dirigentes bancários! Dirigentes financeiros! Alguns deles praticando as maiores fraudes da História das finanças conhecida! Pura ganância! A ambição de ter sempre mais! Muitas vezes, através de actos menos lícitos ou contornando as leis, recorrendo, por exemplo, aos apelativos “Paraísos fiscais”: pois, se eu posso duplicar rapidamente o meu dinheiro e sem pagar impostos, porque não? (Esquecendo-se obviamente que os impostos são um meio de fazer justiça social e de financiar uma sociedade organizada, onde, não tendo todos a mesma sorte em forças físicas ou aptidões intelectuais, outros terão de solidariamente manter nela o equilíbrio). E inventando jogos financeiros de sufoco dos agentes do mercado, dos quais talvez não fosse de eximir a Bolsa de Valores que, em vez de ser instrumento de financiamento das empresas para melhorarem a sua produção e rentabilidade, ao serviço da sociedade, se tornou numa espécie de casino de apostas e de lucros especulativos, não havendo, na prática, o necessário controle, devido à corrupção generalizada que impede de detectar a informação privilegiada de alguns. Os próprios governantes, seguindo maus exemplos empresariais, deixaram endividar os seus países para além do limite do razoável, dando a impressão aos povos que poderiam viver de empréstimos permanentes e sempre acima das suas posses reais a nível individual ou colectivo. Ora, dirigindo as mulheres a economia mundial, as punições para os especuladores e autores de crimes económicos seriam drásticas e totalmente persuasivas. Mas optariam por seguir o princípio de “Mais vale prevenir que remediar”. Assim, acabariam pura e simplesmente com tudo o que originasse capitalismo selvagem e sem funcionalidade para a sociedade a nível empresarial, nacional e global, para não terem que pôr em trabalhos forçados de apoio à comunidade os corruptos e vigaristas, criadores de impérios e de fortunas colossais: a Nova Ordem, visando uma sociedade bem organizada, exigiria de todos os cidadãos comportamentos exemplares, punindo-se severa e implacavelmente os desviantes. Por outro lado, a nível governamental, o equilíbrio entre o produto interno e o endividamento externo tornar-se-ia numa constante prioridade.»