segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Ideias novas, têm ouvido algumas?

A crise acentua-se dia-a-dia devido às dívidas soberanas, não produzindo os países o suficiente para colmatar o que gastam em todos os sectores de actividade dos seus cidadãos: educação, saúde, alimentação, etc., tendo que endividar-se continuamente para fazerem face a essas despesas. Todos conhecem a origem do endividamento, todos sabem como resolver o problema... Sabem? – Não! Ninguém sabe dizer mais do que já se diz há muito tempo, desde que há tratados de economia: aumento da produtividade, aumento da competitividade em ordem a aumentar as exportações, aumentando assim o emprego e, simultaneamente o PIB do país, gerando riqueza não só para colmatar as necessidades dos cidadãos, mas também para amortizar juros e dívida contraída. (E bancos fortes ou com elevada liquidez! Como se isso fosse possível, no mundo corrupto a que o próprio sistema conduz!) Ora – e voltamos a repetir ideias já noutros textos apresentadas – o PIB de um país não pode continuar a crescer ad infinitum, as economias não podem continuar a crescer sem fim à vista e o emprego não pode continuar a ser garantido. Com o actual sistema económico-financeiro, claro está! É que todos os países ou todos os povos – sobretudo os que ainda não chegaram às benesses da dita civilização ocidental – querem ter essas mesmas benesses que, neste momento, pertencem apenas a uma parte reduzida da humanidade: cerca de 1/5. E novamente, a pergunta: o que acontecerá aos recursos naturais quando todos tiverem – se é que algum dia terão! – as benesses da tal civilização a que nós temos a sorte de pertencer? (Sorte, por enquanto: o futuro é uma incógnita!) Para já, milhões continuam a morrer de fome e doença no mundo inteiro enquanto outros se abarrotam de alimentos e de cuidados médicos, prolongando a vida artificialmente. Mas isto vai durar pouco. O sistema está a entrar em colapso. E não é só na Grécia ou Portugal, mas em todos os países já desenvolvidos e que não param de se endividar para manter o status quo, com os USA à cabeça, ao possuírem a maior dívida a nível mundial, estando reféns da China e da tramóia que engendraram para que o mundo gire à sua volta, sobretudo o mundo energético do petróleo, pago em dólares... Mas isso é outra história a que nos referiremos ainda aqui.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Interrupção forçada de férias!

Perante os graves acontecimentos que se vão sucedendo pelo mundo, quer político – violência inaudita e sem sentido em Inglaterra – quer económico-financeiro, como o sistema bancário suíço, ao qual chamam “a maior lavandaria de dinheiro “sujo” do mundo, a tremer perante a exigência dos USA em conhecer as contas milionárias dos norte-americanos que ali depositam o dinheiro vindo dos seus negócios escuros de venda de armas, drogas, ouro e diamantes, matérias primas, fugindo ao fisco..., além do afundamento das bolsas mundiais por receios de uma recessão global das economias não emergentes e, obviamente, dos países europeus que ameaçam entrar em colapso devido às dívidas soberanas, tivemos de regressar, pelo menos com uma intervenção, das gostosas férias que ainda nos são permitidas a nós, os que de algum modo pertencemos à classe dos “ricos”...
Não há dúvida: cedo ou tarde os países ditos ricos deverão ou terão de aceitar uma humanidade muito diferente da actual baseada num sistema económico-financeiro sempre propiciando a corrupção e a ganância. E, para tal, estabeleceríamos cinco pilares (não os do Islão, está claro!) a que todas as pessoas têm direito:
1 – ao trabalho (aqui, ao mesmo tempo, o dever de trabalhar).
2 – ao alimento
3 – a uma casa ou abrigo
4 – aos cuidados de saúde (aqui, controlando o crescimento da população, para não exaurir os recursos escassos e limitados da Terra, bem como deixar lugar às outras espécies animais e vegetais)
5 – à educação
Os USA e a Europa, que impuseram ao mundo o actual corrupto sistema económico-financeiro, serão forçados a aceitar mudanças radicais. Se não, serão vítimas da violência por parte dos pobres deste mundo e dos ataques das economias emergentes, nomeadamente da China e da Índia que encherão o mundo com os seus produtos, a preços tão baixos que implodirão todas as empresas semelhantes europeias e norte-americanas. Portanto, se isto é certo, mais cedo ou mais tarde, é um erro continuar a salvar os sistemas financeiros que estiveram no início da actual crise em que o mundo rico está mergulhado e que não têm argumentos para o fazer sair dela.
Claro que o problema será como mudar, quem começará, quanto tempo de transição será necessário (Não mais bancos, não mais agências de rating, não mais offshores, não mais bolsas, não mais usura: dinheiro ganhando dinheiro não olhando a meios para alcançar tão ganancioso objectivo, aliás, filosoficamente e humanamente, estúpido...)
Este é o grande desafio colocado às Universidades de Economia do mundo inteiro. Estamos curiosíssimos em saber qual delas será a primeira a ter a coragem de dar o primeiro passo em ordem a apresentar soluções!