segunda-feira, 28 de março de 2011

Informação necessária

Para quem há pouco chegou a este blog, para melhor se integrar no espírito de luta que o alimenta – luta não sectária nem ligada a qualquer facção político-partidária, entenda-se! – seria conveniente que se desse ao pequeno trabalho de reler os textos-base publicados, aqui, em Julho/Agosto de 2010, sobre a insustentabilidade, a nível global, dos modelos eocnómico-financeiros que nos regem e as suas perversidades, bem como o modus operandi para levar a bom termo e obter êxito na mudança que se exige e que, mais cedo ou mais tarde, será inevitável! Pretende-se que tal mudança se faça o mais rapidamente possível para que os povos sejam poupados aos sofrimentos que facilmente se avizinham, obviamente, os que agora vivem ou sobrevivem com alguma qualidade de vida, a começar em nós, projectando-nos nos nossos filhos e netos. É que, se nada for feito, entraremos numa espiral sem retorno de afundamento da qualidade de vida, para a maior parte da população mundial que já a possui agora, não falando na total incapacidade de se conseguir que a possam vir a ter os muitos milhões que diariamente vão sucumbindo à fome e à doença, não usufruindo tão pouco de educação e bem-estar – o mínimo a que todo o ser humano tem direito, por ter vindo à vida!
Preconiza-se, pois, uma mudança radical do modelo económico-financeiro que (des)governa o mundo e ao qual todos estamos sujeitos e para o qual todos contribuímos, queiramos ou não, auto-definindo-se essencial para a gestão interna e externa da economia que dita a qualidade de vida das populações, na sua relação entre o trabalho e o capital que recebe em troca.
A aposta é nos jovens que têm de tomar nas mãos o seu futuro. Se não, vão herdar um mundo ingovernado e ingovernável, pois baseado naqueles modelos perversos e falsamente salvadores das pátrias. É que eles são apenas salvadores dos senhores do capital, arrogando-se de todos os direitos exactamente por se afirmarem como indispensáveis ao funcionamento da economia local e global. O que é totalmente falso!
Depois daqueles textos-base, temos vindo a propor e continuaremos a propor ideias novas para que as democracias se cumpram realmente e não sejam uma farsa, como o é actualmente em muitos países, como Portugal. Disso, falaremos em breve.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Colapso económico global?

Quem se salvará? – Os criadores e accionistas do sistema, certamente! Os outros...
Muito bons economistas – infelizmente poucos! – têm insistido em que os países devedores devem renegociar a sua dívida soberana, dívida que já ultrapassa em muito a sua capacidade de pagar, não gerando o seu PIB verbas suficientes para o efeito. A curto, médio e, sobretudo, a longo prazo.
O vídeo que hoje recomendo como reflexão para todos – cidadãos de países mais ou menos endividados – foi produzido pelo cineasta e apresentador de radio norte-americano Alex Jones. Embora não economista, será certamente secundado por muitos, aqueles, obviamente, que não acreditam no sistema ou que não estão por ele anquilosados! Vem também na linha do já defendido no meu livro “Um Mundo Liderado por Mulheres” e do que vimos defendendo, por aqui. Trata-se da fraude monumental que representa, a nível mundial, o sistema bancário privado, sistema que tem de ser rapidamente revisto e severamente controlado ou, simplesmente, eliminado! Para já, impõe-se a renegociação da dívida enquanto essa revolução não se tornar possível. Mas parece que tal revolução só acontecerá com a sublevação das massas, o que, no grau de comodismo e ignorância em que estamos, não será fácil que aconteça. Espalhar este vídeo pode ser um bom começo! Vejam e divulguem!
Realmente, é tempo de no youtube, facebook, internet, twitter, blogs, mails, etc., intervirmos activamente no que, cedo, se vai revelar fundamental para as nossas vidas, lutando para não sermos trucidados pelo sistema económico-financeiro mundial instalado. É ele que, de momento, dita as leis e tudo condiciona: a economia, a energia, o ambiente, o social, as dívidas soberanas dos Estados... Vejam!
A hora é de agir! E até sabemos por onde ir! Por este caminho é que não!
Referente:
http://www.youtube.com/watch?v=QiY8QB1fNAY&feature=player_embedded

segunda-feira, 14 de março de 2011

Os jovens, também vítimas do sistema?

Antes dos jovens, falemos ainda da Mulher para denunciar, mais uma vez, um dos maiores atentados praticados ainda em certas tribos africanas quando, em tenra idade e totalmente indefesa, lhe é imposta a excisão do clítoris. Uma monstruosidade quase comparável à imolação de crianças para apaziguar a ira dos deuses em tempos remotos... Arrepia e revolta! Há que, nesses países, apelar à mudança de mentalidades para que se acabe rapidamente com tamanha barbaridade. Quem o fará?
Agora, o assunto de hoje:
Os jovens fariam melhor se, em vez de contestar o sistema político vigente no país e exigir derrube de governos, em manifestações mais ou menos ruidosas, eles próprios se imiscuíssem no sistema político-partidário para acederem ao poder e, a partir de dentro, jogando o mesmo jogo, fazerem todas as reformas que apregoam como necessárias. É que dificilmente será possível mudar seja o que for, profundamente, radicalmente, se os protagonistas continuarem perto dos mesmos ou apaniguados dos mesmos, directa ou indirectamente. Pois, se os do partido A não cumprem, os do B que disputam ao A o poder, alcançando-o, não farão muito melhor: todos estão comprometidos com o sistema, corrupto na generalidade, subserviente aos interesses instalados, dominados pelos todo-poderosos agentes financeiros que ditam as suas leis.
Vamos ver ao que se chega nos países árabes do Magrebe e Médio Oriente com estas revoluções desencadeadas pelos jovens, exigindo democracia.
O desafio é que eles formem um partido – PARTIDO DA JUVENTUDE – com o nome da nacionalidade própria – EGÍPCIA, TUNISINA, LÍBIA, etc. – e entrem no jogo, submetendo-se ao sufrágio universal, com ideias e propósitos de agir com coragem, saber e honestidade. Eles, sim, eles poderão ser os garantes das reformas drásticas que são necessárias a nível global e local para que o mundo mude e, como adultos de amanhã, tenham um futuro o mais possível risonho e, sobretudo, sustentável. O que, obviamente não é fácil! Eles que não tenham ilusões. Aliás, só metendo as mãos na massa, verão as inúmeras dificuldades que enfrenta quem decide fazer reformas e aceita governar um país num mundo cada vez mais globalizado. Para tanto, terão de ser realistas! Não poderão pensar segundo os modelos que aprenderam nas universidades: estão “démodés”, pois incapazes de garantirem a sustentabilidade no Planeta quer a nível social, quer ambiental e dos recursos. Aqui, mais uma vez remetíamos para os textos já produzidos em Julho/Agosto de 2010.
Por outro lado, os jovens teriam que se apresentar à sociedade como credíveis. Maduros! (25-45 anos!) Conhecedores dos dossiers! (universitários distintos) Arrojados nas propostas! Rompendo com o passado, mas tendo em conta o presente, portanto, com rupturas não demasiado abruptas! Propostas a nível nacional tendo em conta o contexto global! Assegurando honestidade na governação, fazendo crer que irão governar e não “governar-se”! Alterando as leis que protegem os criminosos, sobretudo os de colarinho branco e os corruptos, advogando, por exemplo, as escutas como válidas em qualquer processo de corrupção, punindo os advogados que salvam os criminosos, não admitindo recursos depois de uma primeira condenação, a não ser em casos extremos, etc., etc., etc. Um programa aliciante e prevendo também apertado controle interno: ovelha que se tresmalhasse seria imediatamente responsabilizada e posta fora de cena! De outro modo, não há alternância que consiga alterações significativas para “salvarem” as pátrias, “salvarem” o mundo, um mundo cada vez mais global e globalizante. Uma coisa é certa: revoluções para a continuidade dos "mesmos", com os mesmos modelos, de certeza que não interessam!

segunda-feira, 7 de março de 2011

A MULHER, a primeira grande vítima do sistema!

Amanhã, 8, celebra-se mais um dia internacional da MULHER. Por muitas razões que haja para comemorar tal evento, nenhuma aponta para o facto referido em título. Ela é vítima, antes mesmo das crianças, mesmo dos jovens que se vêem forçados a emigrar porque sem futuro no seu país. Nas sociedades ditas desenvolvidas, é-o pela discriminação de que ainda é vítima na prática política, económica, social: normalmente, ganha menos que os homens, é preterida àqueles em concursos, ocupa muito menos lugares políticos ou de governo, sofre o síndroma da maternidade, não assumindo as sociedades essa como uma função primordial da Mulher, logo, com todas as regalias inerentes; não: em muitos casos, tal função é-lhe penalizadora no emprego e na remuneração, pois não produz tanto como um homem que não tem de desempenhar tal tarefa. O cúmulo da hipocrisia social!
O problema agrava-se nos países pobres e/ou incultos, ou dominados por sistemas religiosos fortemente machistas. Aqui, a Mulher vê os seus filhos, gerados na dor e na penúria, morrerem-lhe nos braços por falta de alimento ou por doença – e são 25.000 por dia, segundo dados recentes da UNICEF! Ou, então, ultrapassando a difícil idade da meninice, vê-os, cedo, serem armados soldados para se enfileirarem em movimentos de revoltosos, ou ainda emigrarem para países onde haja perspectivas de um futuro melhor, perspectivas tantas vezes goradas e falsas, tantas vezes mortas na própria viagem – feita nas mais precárias condições, tendo, no entanto, pago exorbitâncias aos gulosos passadores – antes de chegarem ao país do sonhado El dorado! E não é um nem dois! Embora a situação tenha vindo a melhorar, (há duas ou três décadas, a média de filhos por mulher era assustadora!) são, às vezes, ainda 5, 6, 7..., como se fosse fêmea parideira, sem dignidade nem amor pelos seus rebentos! (Ver dados no final) Porquê? – Porque o “seu” homem apenas pensa em usar, sem qualquer consideração pelo ser de quem abusa ou por aqueles que das relações quase sempre impostas à mulher, virão a nascer. Acaso pensa, planeia o futuro seu, dela e deles? – Não! Ignorância de como usar o preservativo? Simplesmente não o querer usar? Convicções impostas pela religião ou costumes tribais? Seja o que for, o homem em quase nada é vítima. Nem no sofrimento dos nove meses de gestação, nem no do parto, nem no ver morrer os filhos ou de os ver partir, tantas vezes, para a... morte! Esse sofrimento fica todo, ou quase todo, para a mulher!
Valerá a pena referir que o sistema económico-financeiro que rege o mundo é, no todo ou em grande parte, o culpado desta trágica situação? – Claro que vale! Basta pensar em como tudo seria diferente se o mundo fosse mais solidário e, em vez de os países ricos levarem armas e guerras aos países pobres, lhes levassem cultura e desenvolvimento das mentes antes mesmo do desenvolvimento nas estruturas básicas e sociais.
Mas quem quererá pensar nisso, integrado que está, até ao âmago da alma, neste perverso sistema do qual é autor e do qual usufrui apenas benesses?
Vejam-se, no entanto, estes dados recentes do Demographic and Health Serveys, focando os três países mais problemáticos do mundo (onde, certamente por dificuldade de obtenção de dados, não se incluem países africanos):
Mulheres sem educação
- Paquistão ......51%
- Nepal ..........49%
- Índia ..........42%
Média de filhos por mulher
- Paquistão ......4,1
- Filipinas ......3,5
- Cambodja .......3,4
Mães adolescentes (15/19 anos)
- Bangladesh .....33%
- Filipinas ......26%
- Nepal ..........19%
Mortalidade infantil
- Paquistão ......7,7%
- Cambodja .......6,6%
- Índia ..........5,7%
Só me resta propor a leitura do livro “Um Mundo Liderado por Mulheres”, Esfera do Caos, onde se advoga uma liderança feminina para “dar a volta” ao mundo. Com mulheres sábias, inteligentes e honestas, claro!