segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Um mundo liderado por mulheres - 2

Continuamos transcrevendo do livro referido no título. Mas, antes, questionemos: "Nestes quinze dias, apareceu algum génio com ideias diferentes das que nos vêm bombardeando de crise com insolubilidade à vista, pois austeridade gera contracção da economia e contracção da economia quer dizer mais dificuldade em criar riqueza, em criar emprego?" A reposta é um rotundo "Não!" Pelo contrário, o "massacre" continua! Mas deixemos estas tristezas e incertezas e vamos ao livro: «Uma tarefa que se apresenta como universal e que ocuparia dezenas ou centenas de milhar de cidadãos, motivando até ao brio profissional, seria a limpeza, higiene e arranjo das cidades, cada rua tendo o seu responsável que cuidaria não só da limpeza, do arranjo e da higiene, mas também da estética, propondo ideias de embelezamento e outras, organizando-se no bairro e com os responsáveis de ruas vizinhas, partilhando e recebendo ideias... E de certeza que as cidades do mundo inteiro se tornariam lugares muito mais aprazíveis para se viver, além de muito mais saudáveis! Mas outras, muitas outras ocupações de serviço à comunidade poderiam tornar úteis os desempregados: ajuda em passadeiras de peões, ajuda a idosos em suas casas, ajuda a crianças necessitadas, ajuda na distribuição de roupas e alimentos excedentes em qualquer lado da cidade e fazendo falta noutro lugar, etc., etc., etc. Os condenados, não ficando a vegetar nas prisões, prestariam serviços nacionais, com limpeza de estradas e matas, recolha dos produtos dessas limpezas, reparação de caminhos municipais, cultivo de campos férteis abandonados, cada município tratando dos “seus” presos e delinquentes, cada delinquente ou preso ganhando o seu sustento... Mas isto são apenas ideias soltas. Outros “cérebros” que apareçam e que apresentem as suas, certamente mais iluminadas e mais abrangentes das realidades sociais em que as sociedades vivem ou sobrevivem! Não é de sobrevivência a situação dos muitos milhões que vegetam em favelas ou nas ruas, dentro ou nos arrabaldes das grandes cidades de todo ou de uma grande parte do mundo? Valerá a pena citar a cidade do Rio de Janeiro, a cidade do México, a cidade de Nova Deli? Quanto trabalho não haverá aí para ocupar centenas se não milhares de indivíduos! Uma certeza: todos teriam as suas necessidades básicas asseguradas, todos se sentiriam úteis participando no bem-estar da comunidade onde se inserissem, justificando plenamente o subsídio – que em parte o deixaria de ser – recebido dos cofres do Estado ou do bolso dos contribuintes. Sem dúvida, uma sociedade justa e equilibrada!» (Cont.)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Um mundo liderado por mulheres - 1

Para os que não tiveram a oportunidade de ler o meu livro "Um Mundo Liderado por Mulheres", vou transcrever aqui o Cap. V, onde se expõe um plano que um Governo liderado por mulheres - mulheres sábias, inteligentes e honestas, claro! - poria em marcha. Periodicidade quinzenal. Título: Um novo Mundo Uma Nova Ordem Social Novas políticas, Novas economias «Iniciando o debate O desemprego, atingindo taxas elevadas em todo o mundo, sempre nos países em desenvolvimento, mas agora também nos mais evoluídos e industrializados, é considerado uma chaga social que afecta milhões de pessoas. Ora, tornando-se cada vez mais óbvio que nunca poderá haver trabalho para todos, aquelas taxas continuarão a subir, prevendo-se que, dentro de muito pouco tempo, mais de 20% da população activa não tenha lugar em empregos tradicionais quer de produtividade nas empresas actualmente existentes, ou noutras que as substituam pela rápida evolução das tecnologias, quer nos serviços terciários ou mesmo na função pública. Mas não há dúvida de que todos os indivíduos deverão ter um trabalho onde se sintam realizados e não parasitas da sociedade, ferindo-se no seu amor próprio ou criando depressões pela baixa auto-estima ao não conseguirem um emprego que lhes colmate tais necessidades. Nisto, todos os economistas estarão de acordo. Citemos, por exemplo, o conceituado professor de economia norte-americano, John Kenneth Galbraith, que diz no início do capítulo V do seu livro A Sociedade Desejável: “Como já foi suficientemente realçado, tem de haver oportunidades de emprego para todos os membros (da sociedade) que estejam dispostos a trabalhar”. Ora é aqui que se vão requerer “cérebros” que produzam boas ideias à escala global: ocupar toda a mão-de-obra disponível em cada país, ocupar todo o homem e toda a mulher capaz de contribuir para o bem da comunidade onde se insere e da qual usufrui benefícios, cada país encontrando a solução mais adequada ao seu modus vivendi.» Acrescentaria que todos os políticos dizem visar políticas de crescimento das economias para que estas gerem empregos. Mas isto é uma falácia total com o sistema financeiro actualmente vigente. No entanto, vão ganhando eleições após eleições, deixando tudo na mesma ou pior. E a tendência será mesmo sempre para pior, pois o PIB de um país não poderá crescer indefinidamente, para criar continuamente novos postos de trabalho para os que anualmente chegam ao mercado. (Cont.)

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Ah, se o Homem fosse inteligente!

O que vou dizer não é uma ideia nova, é um desabafo. Amargo! Se o Homem fosse inteligente, saberia pôr-se exactamente no seu lugar. Qual? – Um pequeno ponto, numa imensíssima engrenagem, indo do átomo ao micróbio, aos outros seres vivos e não vivos, à Terra, ao Sol, à Galáxia, ao Universo! E cada um de nós num determinado tempo – pouquíssimo tempo! – indo do Nada e regressando ao Nada ou, como diz a Bíblia, vindo do pó e voltando ao pó. Citando, em latim: “Memento homo quia pulvis es et in pulverem reverteris”. Como se nunca tivéramos existido! Esta é a nossa Realidade, esta a nossa Verdade, a Verdade do Homem! E que faz o Homem? – Sentindo-se senhor do Céu e da Terra, arvorando-se em Deus do seu umbigo, vai de utilizar a sua inteligência para atingir os fins mais abjectos: destruição do seu próprio habitat, construção de uma sociedade cheia de injustiças, onde poucos têm quase tudo e muitos – muitíssimos! – têm quase nada, aposta nas armas para se auto-destruir, sendo o armamento nuclear o exemplo mais acabado de tal desvario: em caso de guerra nuclear, ninguém sobreviveria, não haveria nem vencedores nem vencidos, apenas perdedores! Ora é neste mundo criado pelo “inteligente” Homem que nós – os outros!! – somos obrigados a viver. Vivemos em completa dependência da estupidez – estupidez que leva à avidez, à ganância, à luxúria, ao apenas olhar par o seu umbigo! – de uns tantos “espertos” que conseguem comandar o mundo, sem que haja alguém que lhes consiga fazer face! Tudo controlado, tudo corrompido: do sistema económico (para que dependa do sistema financeiro instalado), aos políticos (para que apliquem as sábias leis de controle da economia subjugada apenas aos seus interesses), aos advogados (para que façam essas leis e de tal modo que não deixem que se faça justiça e sejam condenados os corruptos, os açambarcadores , os ladrões)! A pergunta é: "Até quando a estupidez esperta de uns poucos se sobreporá à inteligência lúcida de muitos que bem gostariam de viver numa sociedade equilibrada, onde reinasse a justiça, se controlasse a natalidade, nunca houvesse nem crises nem guerras, uma sociedade sem armas para que nunca mais Homens matassem outros Homens?"