sexta-feira, 13 de junho de 2014

Reforma da Justiça, nos legisladores e nos tribunais





Uma ideia nova para a Justiça Portuguesa! Novíssima! (Ou talvez nem tanto…)

É triste e deprimente constatá-lo, mas os nossos advogados, juízes e legisladores não sabem português para, em bom português, claro, correcto e conciso, escreverem as leis que se destinam ao povo, a todo o povo, e não só aos intelectuais ou mestres em jurisprudência; portanto, têm de ser leis que todos entendam, porque a elas têm de obedecer: dura lex, sed lex! (A lei é dura mas é para cumprir!) Mas, como poderão obedecer-lhes se elas não são entendíveis e, muitas vezes, não legíveis?

O último “escândalo” do mau ou péssimo português utilizado, neste caso, pelos juízes do Tribunal Constitucional, a propósito da rejeição de três propostas no OE para 2015, é de bradar aos céus. Transcreve-se, perguntando se estes senhores não têm vergonha de assinar tal documento e – mais! – se não deveriam ser imediatamente demitidos por prestarem um mau serviço ao Estado, ao Povo que não os elegeu, mas que são por eles representados para defenderem a Constituição. Tratava-se de salvaguardar o princípio da equidade e contra a diminuição dos salários. Leiam e… pasmem! E… percebam, caramba!:

«Nenhum critério densificador do significado gradativo de tal diminuição quantitativa de dotação e da sua relação causal como início do procedimento de requalificação no concreto e específico órgão ou serviço resulta da previsão legal, o que abre caminho evidente à imotivação…»

Nota: parece que estamos a ser governados por mentecaptos, altamente bem pagos (os juízes do TC têm ordenados chorudos, reformas antecipadas milionárias, carros topo de gama, etc…): há poucos meses, foi a história do “inconseguimento” da nossa “querida oportunista” presidente da AR, Assunção Esteves (também altamente bem paga e com imensas mordomias, reformas antecipadas e garantidas, etc., etc.); agora, esta da “imotivação”! É demais! E não é que o povo continua a votar neles? E algum deles deu importância à realidade que, nas últimas eleições, foi patente do desprezo que o povo tem pelo sistema corrupto desta pseudo-democracia que é a partidoditadura que nos impõem? Alguém leu a mensagem dos mais de 70% que se abstiveram ou votaram branco ou nulo? – Claro que todos leram! Mas – mais claro, por não lhes interessar minimamente! – não falaram nem comentaram o assunto. E neste silêncio também os Media se calaram ou passaram ao lado, apenas falando de uma vitória escassa e de uma derrota não muito acentuada… Que tristeza esta democracia em que coarctaram a voz do povo!

Então, propõe-se:

1 – Que todas as leis sejam redigidas por um professor de português, interpretando os “altos” saberes dos advogados que as elaboram, claras, concisas, não deixando ambiguidades (ambiguidades até agora colocadas de propósito na lei para facilitar a vida aos advogados na defesa dos seus clientes, normalmente criminosos!).

2 – O TC terá de ser constituído apenas, e por concurso público e não por escolha partidária – uma aberração total! – por 2 economistas (para interpretarem, segundo a perspectiva da situação concreta das contas do País, a Constituição – toda ela composta de generalidades, muitas vezes ambíguas e que bem merecia uma profunda revisão), 2 constitucionalistas, (para harmonizarem as opiniões dos dois primeiros, segundo a mesma Constituição) e, logicamente, um professor de português para escrever a opinião/parecer dos quatro doutos senhores, depois de se porem todos de acordo.

3 – Antes a publicação do OE, o Governo submete-o a este TC, exactamente para evitar os ditos “Chumbos do TC”. Ganhava-se tempo e muito dinheiro!

4 – Reescrever completamente o Código Civil e o Código Penal, limpando-os de todas as ambiguidades e das referências de um Artº. a outro Artº. e a outro, a outro, a outro… Cada Artº. tem de ser autónomo nem que nele se repita parte de outro Artº anterior e em vigor. É assim que funciona a clareza e a rapidez da interpretação.

5 – Acabar com a possibilidade dos recursos sistemáticos para a 2ª Instância, depois para a Relação, o Supremo, o Constitucional, etc., conforme o cliente puder pagar aos advogados que os defendem e que arrastam os processos anos e anos. Só em casos de vida ou morte, e que não fossem devidamente provados nas instâncias primeiras, se poderia recorrer.

6 – Nenhum processo caduca! Nenhum! Ou absolvido ou condenado! E toda a vítima – quase sempre o Estado, i.é., todos nós – sentiria que tinha sido feito justiça.

Claro que uma Justiça clara e célere a analisar e resolver crimes, permitiria o Investimento a estrangeiros e nacionais, a retoma da economia, o desaparecimento da chaga do desemprego, o progresso para todos. Assim, com esta Justiça que não funciona e que protege os criminosos, temos a mesma estagnação de sempre: um País continuamente adiado!

sábado, 15 de março de 2014

A luta do dinheiro pelo dinheiro!

A confusão instalou-se! Razões? - Os senhores do dinheiro querem rentabilizar o seu avultado pecúlio, esmifrando os mais pobres (infelizmente, muitas vezes governados por mentecaptos e corruptos!), não deixando respirar as economias, asfixiando-as com juros de dívida impagáveis, exactamente porque todas as receitas vão para pagar esses juros - se é que chegam e não há que recorrer a novos empréstimos para os pagar! - nada sobrando para amortizar a mesma dívida.
O grande dilema para Portugal: austeridade durante mais 30/40 anos ou renegociar uma dívida que toda a gente vê que é insustentável - ou impagável - (mesmo os que dizem o contrário, como o Governo e os seus apaniguados) nos termos que nos foram impostos pelos credores?
A lógica social e solidária e duma Europa igualitária (obviamente, cada um recebendo conforme as suas capacidades de desempenho e produtividade, ninguém vivendo à custa da produtividade dos outros ou de empréstimos) é que se ajudem os países em dificuldades, se ajudem os seus governos a governarem bem, a distribuírem bem os seus recursos, a aumentar esses mesmos recursos para que haja maior possibilidade de distribuição.
Mas... não! O dinheiro não é solidário! O dinheiro é poder e quanto mais dinheiro mais poder e mais domínio do Homem sobre o outro Homem. Poder de poucos sobre a pobreza de muitos!
Soluções? Não haverá soluções? - Com toda a tristeza do mundo, constatamos que não: os que poderiam alterar o sistema anti-solidário a nível global, são os mesmos interessados em que o sistema perdure ad aeternum. Por isso...
Há, no entanto, uma luz ao fundo do túnel, uma réstia de esperança: o sistema tem tendência a implodir pelo próprio carácter da sua insustentabilidade. Talvez aí, se faça algum equilíbrio da distribuição da riqueza a nível global. Até lá, a fome, a doença, as guerras - sempre feitas pelos mesmos senhores do dinheiro em nome de quem exploram! - perdurarão neste desgraçado mundo que tantas coisas tem de BOM, mas em que o império do MAL domina!
Neste quadro negro, nenhuma IDEIA NOVA parece brotar dos espíritos mais lúcidos da raça humana, ideia que revolucionasse o mundo! É que é preciso revolucionar as mentalidades e essas levarão muitas gerações. A História é implacável, feita de guerras que se sucederam umas às outras, com poucos interregnos de descanso, embora as próprias guerras tenham contribuído em parte para o avanço imparável da Ciência. Quando terminará este tenebroso ciclo e no mundo reine finalmente a PAZ, a SOLIDARIEDADE, a JUSTIÇA..., ninguém sabe. Talvez daqui a mil milhões de anos! Até lá, resta-nos viver o melhor possível a vida que conseguimos construir para nós, já que o nosso tempo se esgota em... muito pouco tempo! E não esqueçamos: o importante é... o SORRISO!

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

A “cor” ou a posse do dinheiro


 

O mundo vive dominado pela ganância de alguns – aqueles senhores do dinheiro, os que dão o rosto incógnito através do nome convencionado chamar-se de “mercados”.

Ora, onde é que esses senhores arranjaram o dinheiro, dinheiro que vendem como mercadoria cara a quem dele necessita, muitas vezes para sobreviver? – Não pode haver dúvidas: foram-no buscar às riquezas das entranhas da Terra – petróleo, ouro, diamantes e outras matérias-primas, fazendo monopólios, explorando os trabalhadores, distribuindo-as, depois, a preços muitas vezes incomportáveis para quem delas necessita.

E então, os necessitados endividam-se. E é como uma bola de neve: quanto mais dívida, mais difícil se torna de pagar porque os ditos senhores emprestam aos que têm mais dificuldades a juros/taxas muito mais elevadas do que emprestam a quem tem mais facilidade em pagar. Obviamente, deveria ser o contrário!

Bem, as razões de haver países que necessitam de ajuda financeira são de diversa ordem: governantes incompetentes, população além daquela que os recursos do país podem sustentar, não geração de riqueza por deficiência da economia, economia ou demasiado dependente de produtos de baixo valor ou fortemente dependente de capitais caros porque de juros elevados, etc., etc.

O resultado de tudo isto que, por conhecido, não vale a pena alongarmo-nos mais no assunto, é termos uma humanidade completamente desequilibrada do ponto de vista de satisfação das necessidades básicas. Assim, enquanto 5% da população mundial, cerca de 350 milhões, vive faustosamente usufruindo de todo um riquismo até à exaustão, 95%, cerca de 6.650 milhões, vivem remediados, pobremente ou abaixo do limiar da pobreza, morrendo de doenças e de fome por não terem as necessidades básicas asseguradas, já que não produzem - nem o sistema lhes permite produzir! - riqueza suficiente para manter-se e manter os seus agregados familiares.

Então, qual seria a ideia nova para colmatar tais assimetrias, impróprias de uma humanidade que se diz composta por indivíduos racionais, chamados “humanos”. Apenas uma, mas que teria de ser global, já que, para o bem e para o mal, vivemos num mundo global: CONTROLE DO DINHEIRO! Os governantes dos países de todo o mundo deveriam reunir-se numa grande cimeira em que decretassem o fim do enriquecimento, com total controle das contas bancárias de cada um, contas que estariam sob vigilância permanente, a todos permitindo fazer mais-valias até um certo montante, montante que gastariam a seu belo prazer, mas a partir do qual, todo o dinheiro seria investido na comunidade ou no país, em infraestruturas, em serviços de apoio social, etc. Isto, nunca perdendo de vista o princípio básico: “A cada um conforme as suas capacidades, o seu trabalho e o seu desempenho!” Quem não tem capacidades ou não quer trabalhar nunca poderá ter para além do mínimo de sobrevivência. Aliás, sendo, logicamente, um parasita da sociedade, deverá ser convencido a mudar de vida…

Ora, tal ideia nova vai bulir com n instituições que actualmente dominam o mundo: bancos, offshores, monopólios, etc., estruturas que por sua vez dominam as economias dos países, economias que fogem ao domínio ou corrompem os poderes políticos instalados. Então, esta ideia nova – INFELIZMENTE! – não passará de um sonho, uma utopia. Mas sonho ou utopia que, um dia, se realizará, para bem de toda a humanidade. Até lá, o mundo continuará a assistir, impávido porque impotente, àquela gritante desigualdade dos 5% a terem tudo e dos 95% a não terem nada ou quase nada…
Para já, a todos UM BOM ANO 2014! O primeiro ano do resto das nossas vidas!... COM MUITA SAÚDE E ALGUM DINHEIRO PARA SE PODER IR SORRINDO SEM... FOME!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Meu Deus, como tudo é claro, como tudo é óbvio? Então, porquê?...



A situação a que o mundo chegou é tal que nenhum economista arrisca prognósticos de solução para o grave problema que afecta as sociedades e o mundo: falta de crescimento do PIB, suficiente para gerar riqueza, para gerar emprego. E seria uma riqueza em espiral, pois as economias só garantem emprego, dizem os experts, se crescerem entre 2 a 3% ao ano. Ad aeternum!!!. A pergunta impõe-se: “Os países ocidentais/desenvolvidos – Europa, USA, Austrália, Canadá, etc. – não têm/produzem riqueza suficiente para colmatar todas as necessidades dos seus cidadãos?” – A resposta é “Sim!”. Até porque, em termos de crescimento, a população desses países ou está estagnada ou mesmo diminuindo. Outra pergunta já aqui formulada: “A riqueza de um país, medida pelo crescimento do seu PIB, poderá crescer ad aeternum?” – A resposta, obviamente, é não! Basta pensar um pouco em que é que se baseia o crescimento da economia, para chegar a essa óbvia conclusão: consumo interno e exportações de bens transaccionáveis. É que, como é claro, o consumo tem os seus limites e as exportações também, já que os consumidores dos países para os quais se exporta têm exactamente os mesmos limites dos consumidores produtores. Pode não ser no curto prazo, mas a médio prazo sê-lo-á com toda a certeza. Nós olhamos para as nossas casas europeias e constatamos que os roupeiros estão cheios, as salas estão cheias, os quartos estão cheios, as cozinhas cheias estão de pratos, panelas e talheres. Então, que farão as empresas produtoras de têxteis, de móveis, de objectos de decoração e de outras “necessidades”? Mesmo que a inovação não pare – que não pára! – a atracção que ela exerce sobre os espíritos mais desejosos de mudança – aqui, as mulheres levam a palma aos homens! – esbarrará sempre com a superlotação dos utensílios nas casas. Se olharmos para fora da Europa, USA, Canadá, Austrália, Japão e mais alguns países desenvolvidos da Ásia – na África, haverá algum além da África do Sul? – em muitos casos – acertaremos se dissermos 2/3 da humanidade? – ou nem sequer têm casa ou então é tudo de uma pobreza que ronda a fome e a miséria extrema em muitos casos. Admitamos que num futuro não muito longínquo toda a humanidade tenha habitação digna, “dignamente” apetrechada – embora saibamos que tal situação não interesse de modo algum ao grande capital, pois o sistema económico-financeiro actual vive à custa desta parte miserável da sociedade – então, não será fácil o equilíbrio entre produção e consumo, venha a produção do próprio país, venha ela de terceiros pelas importações. Mas não esquecer que para importar há que ter capital para comprar os bens transacionáveis, capital que parece apenas advir das vendas de bens, nesse país produzidos, a outros países que os comprem. Então, o que é claro, o que é óbvio? – A certeza de que o mundo vive numa grande injustiça, num total desrespeito pela humanidade, porque preso nas malhas dos grandes grupos económico-financeiros, com os políticos a dizerem “Amen!” a todos as suas directivas, não lhes interessando construir sociedades cada vez mais justas, equilibrando a natalidade com os recursos de cada país, pondo a economia ao serviço do Homem e não o Homem ao serviço da economia. E os povos que “aguentem”! Até quando?
Permitam-me que remeta para o meu livro "Um Mundo Liderado por Mulheres", Esfera do Caos, livro que pode ser pedido para o meu mail fr.dom@netcabo.pt, onde se preconiza um mundo realmente novo, justo e equilibrado, tendo como objectivo último construir a fraternidade universal entre os Homens, o Paraíso possível aqui na Terra, já que o "outro" é pura ficção vendida pelas religiões aos incautos e que se deixam levar pela crença sem fundamento racional...

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O País dos Eles


Este é o título de um texto do caro leitor João Cardoso que, a pedido, reproduzirei a seguir, no comentário. Mas pode servir de mote ao texto deste mês.

Repito que este blog não tem “vocação” para criticar as politiquices que vão acontecendo a todo o momento neste País, “paraíso” à beira-mar plantado. Se fosse isso, haveria assunto não só para um blog, mas para muitos que, aliás, existem por aí. Basta uma olhadela atenta e clicar no termo certo. Já não falando nos inúmeros artigos de opinião que quotidianamente, enfastiosamente enchem os jornais, nem nos “opinion makers” que, na rádio e televisão, opinam sobre tudo e sobre todos, praticamente nada de bom trazendo ao país, pois só falam e dizem mal, nenhumas soluções exequíveis apresentando, todos nós sabendo que meter as mãos na massa é que faz calos nas mãos e na saúde dos que realmente trabalham, e não o muito linguajar... As raras excepções contam-se pelos dedos. (Permitam-me que cite o nome de José Gomes Ferreira, jornalista da SIC.). E é pena! Todos devíamos ajudar o Governo a governar bem, dando sugestões exequíveis, justas e equitativas. Problema é que o Governo se descredibiliza com escândalos atrás de escândalos, neste ou naquele Ministério, e o povo tem dificuldade em aceitar colaborar nos cortes e na austeridade que um país, à beira da bancarrota, forçosamente tem de sofrer. Haja esperança na mudança. Mas, como já defendi em outros lugares e no facebook, não tenho vontade de votar em nenhum dos elementos que os partidos nos impõem para autarcas ou primeiros ministros. Não gosto desta pseudo-democracia. Afinal, eu não tenho escolha: ou voto nos “meninos” que eles me propõem ou não voto. Não há dúvida que a democracia tem de renovar-se, democratizar-se, alterar a lógica partidária, havendo apenas independentes que se proponham a governar a nação – bons gestores da “coisa pública”, é claro. Esses, sim: com provas dadas, teriam o meu voto. Neste momento, somos realmente vítimas de uma partidoditadura...

Antes de dar a palavra a João Cardoso, apenas constatar, mais uma vez, o facto já aqui contundentemente apresentado: é o actual sistema financeiro que tudo corrompe; a nível nacional, a nível global. À finança, não interessa o bem comum ou o cidadão, nem criar empregos para que o Homem se sinta útil e tenha uma vida digna; interessa apenas o lucro e a ganância. Logo, que importa que 9/10 da população mundial passe fome e morra de carências de toda a sorte se EU lucro milhões com isso? E, sinceramente, não vejo como se poderão alterar as coisas se, afinal, o povo pouco ou nada pode contra as ditaduras político-económico-financeiras, a começar pelas democráticas... Nem com uma guerra dos famintos contra os senhores do capital. É que até as guerras são feitas ou promovidas por esses senhores para terem mais... capital!





quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Incêndios!

Incêndios! Este país está a arder! O mundo está a arder!


Se este blog é de “Ideias-Novas”, apresentemos aqui uma solução sobre o assunto em questão.

O país e o mundo estão a arder e de muitas formas. Mas esta a que nos referimos são mesmo os incêndios que destroem as florestas do Planeta, esta nossa casa que vamos vendo a ser devastada, em sucessivos verões, quer no hemisfério norte quer no sul.

E ainda ninguém reparou? E ainda ninguém descobriu as causas ou... as motivações? Pois elas são claras e estão à vista de todos, com fortes indícios de verdade, muitos deles verificados “in loco”: interesses económicos, obviamente!

Os governos são os culpados. Ingenuamente ou... nem tanto! E o Planeta é que sofre e, com ele, o habitat de milhares de espécies animais e vegetais e, por arrastamento, a própria humanidade. Escândalo: apenas – como acontece com a desregulação do sistema económico-financeiro a nível mundial – pela ganância de alguns.

Então, quem pode lucrar com os incêndios? – Muitos: as empresas de aluguer de meios aéreos para o combate às chamas; os bombeiros que são mais bem pagos quando fazem horas extraordinárias (o que acontece em todos os incêndios, pois trabalham de noite e de dia); os fornecedores de componentes para os bombeiros e suas viaturas; alguns madeireiros.

E quem ateia os incêndios? – 1 – os próprios meios aéreos que combatem o incêndio, lançando juntamente, ou a coberto com a água, bombas incendiárias, multiplicando as frentes de fogo; 2 – as empresas fornecedoras dos bombeiros e suas estruturas, através de pirómanos contratados e bem pagos; 3 – alguns bombeiros (porque ganham mais); 4 – alguns pirómanos loucos, pelo horror do espectáculo, admirando os gritos das populações em aflição e a parafernália dos meios aéreos e terrestres em acção; 5 – alguns incautos que vivem na orla das florestas e alguns ignorantes pastores que pretendem melhores pastagens para os seus gados na Primavera seguinte.

Ora, sendo os primeiros (1 e 2) os maiores responsáveis pela devastação das nossas florestas à face da Terra, através dos incêndios – sem contar com a devastação causada pela ganância da exploração descontrolada das madeiras, sobretudo exóticas, durante todo o ano – a solução é fácil e óbvia e todo o dinheiro nela investido é abençoado pelo Planeta: todos os meios de combate aos incêndios têm de estar nas mãos do Estado, desde o prego que o bombeiro precisa para concertar um martelo até ao helicóptero ou avião que, num vai-vem contínuo, transporta água para o local da tragédia, dando a Força Aérea do país o seu importante contributo.

Assim sendo, restariam os responsáveis 3, 4 e 5. A solução para os 3 e 4, logo que apanhados pelas equipas de vigilância necessariamente formadas, teria de ser drástica: castigo exemplar punido com a pena máxima ou capital. Para os 5, todo um esforço de formação e de explicação para não cometerem loucuras, apelando a toda a precaução, sendo de qualquer modo também punidos e com severidade.

Ora, isto é uma atitude que cada governo pode tomar, independentemente de qualquer outro país. É uma questão puramente nacional. Em Portugal, bem que se poderia fazer o proposto aqui e agora. Haja vontade de salvar as nossas florestas. Pelo País! Pela Pátria! Por todos nós!







E se enviássemos este textos para os nossos "queridos" governantes?

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Em Portugal, os lobbies financeiros, os lobbies dos advogados



Embora, neste blog, não se fale propriamente de Portugal e dos seus magnos problemas a nível económico-financeiro-político, hoje abrimos uma excepção, para falar dos dois lobbies que, na perspectiva filosófico-prática de “Ideias-Novas”, são os principais responsáveis pela profunda crise que se vive no país.

Diríamos que a explicação é quase plausível: aqueles, pelas atropelias que fizeram com os depósitos dos depositantes, imitando os seus congéneres, a nível mundial – portanto, não é só um problema português – estes, pelo emaranhado das leis que criaram, tanto para o Código do Direito Civil como para o Código do Direito Penal. E continuam a criar, expressando-se os juizes de tal modo que nenhum cidadão, mesmo com formação superior, entende facilmente os termos de uma qualquer querela judicial, tendo de recorrer aos mesmos advogados para uma interpretação. Obviamente, que os advogados são os primeiros interessados em que tal emaranhado continue como teia quase indecifrável: é para eles uma abundante fonte de receita, em todas as consultas que os cidadãos são, perante situações judiciais com que se deparem, obrigados a fazer-lhes. E não só cidadãos, mas também empresas, desde as micro às grandes, tendo muitos advogados aí o seu poleiro bem instalado, acumulando os de maior renome várias delas.

Perante tal cenário de confusão nas leis que regem os conflitos judiciais, quer a nível laboral quer a nível criminal, que empresário nacional ou estrangeiro vai investir em Portugal?

E o problema parece insolúvel: não há governo ou governante que se apresente capaz de colmatar a situação, pois teriam que desinstalar/atacar muitos interesses instalados, alterar os Códigos, simplificando-os, obrigando a uma nova nomenclatura que o cidadão comum entendesse, ao lê-la, facilmente.

Os exemplos, por recorrentes, estão por toda a parte. Basta olhar para qualquer documento, por insignificante que seja.

Cita-se o início de um Auto, acabado de receber, devido a não pagamento de um estacionamento. Total do Auto a pagar: 45.00€ (coima) + 52,50€ (custas) = 97,50€. Início da pág. 1, A4, corpo 10: «AUTO DE CONTRA-ORDENAÇÃO Nº (????) – Vistos os autos, cumpre decidir nos termos do art.º 181.º do Código da Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei 114/94, de 3 de Maio, revisto e republicado pelo Decreto-Lei nº 2/98, de 3 de Janeiro e pelo Decreto-Lei nº 265-A/2001, de 28 de Setembro, alterado pela Lei nº 20/2002 de 21 de Agosto, revisto e republicado pelo Decreto-Lei nº 44/2005, de 23 de Fevereiro e alterado pelo Decreto-Lei nº 113/2008, de 1 de Julho...» Mas há exemplos muito piores, pela complexidade de referentes, às dezenas, a que a entidade que deve decidir do processo tem de atender para justificar a pena aplicada. Mesmo assim, há recurso. No caso acima, há quinze dias para reclamar, apresentando alegações credíveis; é o que se vai fazer, atrasando, embora com possíveis custas – sempre irrisórias e não dissuasoras – o processo. Na lei portuguesa, parece haver sempre lugar a recurso de qualquer pena que se aplica. E não uma vez, mas várias, para várias instâncias sempre superiores, instâncias essas que, obviamente, custam milhões ao erário público.

No sistema actual de competitividade feroz entre as economias dos diversos Estados a nível europeu e mundial, um país onde a justiça não funciona, não pode competir em atracção de investimentos, com outros onde os processos são mais agilizados e não são susceptíveis de recursos sobre recursos, adiando a sentença final para as kalendas...

O ideal – ideal que aqui sempre se defendeu, mas que, por agora, e não se sabe até quando, não passa mesmo de ideal – seria a alteração do sistema financeiro actual, sistema escravizante e sufocante das economias. Mas isso só quando os detentores do monopólio do dinheiro a nível mundial – uma meia dúzia de bancos! – chegarem à conclusão que serão auto-suicidas se continuarem a apostar na destruição das sociedades, tornando-as pobres e famintas, desempregadas, revoltadas, incapazes de comprarem os produtos que lhes são oferecidos, sempre, na óptica dos financeiros, para gerarem mais lucros. É com esses lucros escandalosos que se constroem, por esse mundo, belas aberrações, como as dos Emiratos Árabes Unidos, aberrações escandalosas face à fome que grassa pelo mesmo mundo.

Mas será a curto prazo que tal reviravolta acontecerá. É que o sistema contém em si o gérmen da auto-destruição!

PS:

Se estiverem interessados em conhecer a podridão que grassa pelo país, a nível económico-financeiro, mas também – e, sobretudo?! – a nível político, aqui, com o beneplácito da própria Constituição elaborada pelos mesmos políticos que usurparam o poder do povo e, obviamente, com a conivência de quem vota – o mesmo povo! – vejam o blog:

http://apodrecetuga.blogspot.com