quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Os efeitos perversos da globalização

Mas, afinal, quais são os efeitos perversos da globalização?
– Segundo dados recentes sobre os países emergentes – China, Índia, Brasil, etc. –, todos os dias, são ali criadas novas empresas para se alcançar o tão desejado desenvolvimento. Na China, serão 10 por dia. Muitas delas, se não todas, farão directa ou indirectamente concorrência às suas congéneres europeias e norte-americanas; ora, quando toda a produção estiver em marcha, não só na China mas em todos os países emergentes, as consequências serão, inevitavelmente:
1 – falência das empresas europeias e norte-americanas cujos produtos serão preteridos aos produtos vindos daqueles países com a mesma qualidade – eles também são inteligentes! – e a muito mais baixo custo, com efeitos devastadores a nível social;
2 – excesso de produtos no mercado, já não havendo consumidores para escoamento desses produtos por muito que a inovação se esforce por criar e oferecer produtos novos ao sempre insatisfeito consumidor com poder de compra, não se prevendo que os que não têm actualmente esse poder – mais de metade a população mundial: uns escandalosos 3750 milhões! – algum dia o venham a ter;
3 – exaustão dos recursos naturais, levando à destruição dos habitats de muitas espécies, pondo em sério risco também o habitat do Homem;
4 – alterações climáticas irreversíveis, pois todo o desenvolvimento actual, e, sobretudo, nos países emergentes, está dependente do petróleo e do carvão, prevendo-se ainda algumas décadas até que essas fontes de energia percam a hegemonia, devido, por um lado à sua escassez, facto que ainda não está provado quando acontecerá, por outro, ao desenvolvimento das energias alternativas ou renováveis. (Infelizmente, a perca da hegemonia do petróleo e do carvão poluidores não será fruto da vontade e do entendimento dos governos dos povos, mas tão somente das circunstâncias de escassez e de concorrência: veja-se o fracasso de Quioto e o fracasso recente de Dezembro de 2009, em Copenhaga).
O rumo de tal cenário catastrofista, mas real, só poderá ser alterado se outros modelos de desenvolvimento – os que aqui vamos preconizando! – forem estruturados e implemntados a nível global.
(Veja-se mais no livro, disponível na Net, “Um Mundo Liderado por Mulheres”)

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