quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Meu Deus, como tudo é claro, como tudo é óbvio? Então, porquê?...



A situação a que o mundo chegou é tal que nenhum economista arrisca prognósticos de solução para o grave problema que afecta as sociedades e o mundo: falta de crescimento do PIB, suficiente para gerar riqueza, para gerar emprego. E seria uma riqueza em espiral, pois as economias só garantem emprego, dizem os experts, se crescerem entre 2 a 3% ao ano. Ad aeternum!!!. A pergunta impõe-se: “Os países ocidentais/desenvolvidos – Europa, USA, Austrália, Canadá, etc. – não têm/produzem riqueza suficiente para colmatar todas as necessidades dos seus cidadãos?” – A resposta é “Sim!”. Até porque, em termos de crescimento, a população desses países ou está estagnada ou mesmo diminuindo. Outra pergunta já aqui formulada: “A riqueza de um país, medida pelo crescimento do seu PIB, poderá crescer ad aeternum?” – A resposta, obviamente, é não! Basta pensar um pouco em que é que se baseia o crescimento da economia, para chegar a essa óbvia conclusão: consumo interno e exportações de bens transaccionáveis. É que, como é claro, o consumo tem os seus limites e as exportações também, já que os consumidores dos países para os quais se exporta têm exactamente os mesmos limites dos consumidores produtores. Pode não ser no curto prazo, mas a médio prazo sê-lo-á com toda a certeza. Nós olhamos para as nossas casas europeias e constatamos que os roupeiros estão cheios, as salas estão cheias, os quartos estão cheios, as cozinhas cheias estão de pratos, panelas e talheres. Então, que farão as empresas produtoras de têxteis, de móveis, de objectos de decoração e de outras “necessidades”? Mesmo que a inovação não pare – que não pára! – a atracção que ela exerce sobre os espíritos mais desejosos de mudança – aqui, as mulheres levam a palma aos homens! – esbarrará sempre com a superlotação dos utensílios nas casas. Se olharmos para fora da Europa, USA, Canadá, Austrália, Japão e mais alguns países desenvolvidos da Ásia – na África, haverá algum além da África do Sul? – em muitos casos – acertaremos se dissermos 2/3 da humanidade? – ou nem sequer têm casa ou então é tudo de uma pobreza que ronda a fome e a miséria extrema em muitos casos. Admitamos que num futuro não muito longínquo toda a humanidade tenha habitação digna, “dignamente” apetrechada – embora saibamos que tal situação não interesse de modo algum ao grande capital, pois o sistema económico-financeiro actual vive à custa desta parte miserável da sociedade – então, não será fácil o equilíbrio entre produção e consumo, venha a produção do próprio país, venha ela de terceiros pelas importações. Mas não esquecer que para importar há que ter capital para comprar os bens transacionáveis, capital que parece apenas advir das vendas de bens, nesse país produzidos, a outros países que os comprem. Então, o que é claro, o que é óbvio? – A certeza de que o mundo vive numa grande injustiça, num total desrespeito pela humanidade, porque preso nas malhas dos grandes grupos económico-financeiros, com os políticos a dizerem “Amen!” a todos as suas directivas, não lhes interessando construir sociedades cada vez mais justas, equilibrando a natalidade com os recursos de cada país, pondo a economia ao serviço do Homem e não o Homem ao serviço da economia. E os povos que “aguentem”! Até quando?
Permitam-me que remeta para o meu livro "Um Mundo Liderado por Mulheres", Esfera do Caos, livro que pode ser pedido para o meu mail fr.dom@netcabo.pt, onde se preconiza um mundo realmente novo, justo e equilibrado, tendo como objectivo último construir a fraternidade universal entre os Homens, o Paraíso possível aqui na Terra, já que o "outro" é pura ficção vendida pelas religiões aos incautos e que se deixam levar pela crença sem fundamento racional...