quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A perversidade do sistema financeiro actual

Este é mais um documento que será interessante visualizar. Vem na linha do que temos vindo a defender aqui: o sistema financeiro actual lançou o mundo numa crise sem precedentes e não será fácil um poder popular, a nível global, fazer-lhe frente e regulá-lo de modo a que o dinheiro seja um meio de servir a humanidade no seu todo e não um fim a atingir pelos senhores todo-poderosos, gozando dele a seu belo prazer. Vejam e ouçam: http://www.youtube.com/watch?v=QiY8QB1fNAY&NR=1 E um óptimo 2012, apesar da crise! Há mais vida apara além da crise, caramba! O que é preciso é arregaçar as mangas, ir ao trabalho, não ficar à espera de subsídios, continuar a lutar contra os corruptos! E tudo isto, sempre a sorrir, que as lágrimas e o desânimo não pagam dívidas!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Um banco exemplar!

Banco Jak diz que tem um regime resistente à crise O banco Jak diz que a crise financeira de há três anos e a actual crise do endividamento europeu jamais teriam acontecido se todos os bancos funcionassem como ele. O banco Jak surgiu na Suécia e Dinamarca no início dos anos 30, como resposta aos factores que motivaram a Grande Depressão despoletada em 1929. O conceito de cooperativismo bancário do Jak é o de que os juros são o cancro do sistema capitalista e que a inexistência de juros impede a formação de crises bancárias e financeiras por eliminar o factor da ganância. O banco Jak, que na Suécia e Dinamarca tem mais de 50 mil membros, só faz empréstimos sem juros, na maioria empréstimos à habitação, pagando os membros apenas uma taxa anual de pouco mais de dois por cento para os ordenados e as despesas correntes do banco. Os valores das prestações mensais são calculados de forma impensável num banco tradicional. Em vez de pagar, por exemplo, 400 euros de empréstimo e juros por mês, o Jak cobra apenas 200 para abatimento do capital e outros 200 são depositados numa conta em nome do cliente. No final do empréstimo, o cliente não só saldou a dívida toda, como pode levantar um valor igual aquele que tinha pedido emprestado. O sistema é infalível, fazendo também do Jak o único banco da Europa com uma cobertura de 100 por cento do capital, dado que o Jak não empresta dinheiro sem receber simultaneamente um valor idêntico em depósitos. http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2099503&page=-1 Os empréstimos de JAK não são grátis. Para sê-lo, a cooperativa teria que funcionar só com o trabalho de voluntários, e mesmo que num princípio foi assim, chegou um momento em que o número de membros cresceu tanto que a cooperativa precisou profissionalizar-se. Hoje, JAK conta com aproximadamente 30 empregados aos que têm que pagar um salário. E não só isso, também tem outros gastos fixos. JAK é, pelo tanto, uma cooperativa que oferece um serviço profissional aos seus membros. Para pagar este serviço, os beneficiários dos empréstimos têm que pagar uma taxa administrativa. É o custo real do empréstimo. Para assegurar que o sistema não pare e que novos membros possam beneficiar-se de empréstimos sem interesses, JAK inclui nos seus empréstimos uma cláusula de poupança obrigatória. Em poucas palavras: se tomas emprestado 50.000 euros a devolver em 20 anos, JAK obriga-te a ir poupando outros 50.000 euros numa conta paralela e blindada. Quando tens acabado de devolver o empréstimo, JAK abre-te a conta e podes dispor dos 50.000 euros. Que tem feito JAK durante todo esse tempo com o teu dinheiro? Emprestá-lo a outros membros! JAK è uma cooperativa democrática que dá muita importância à formação de seus membros. Inverte dinheiro nele e não o faz em publicidade. Os membros assistem a cursos organizados por JAK e com tal estão melhor preparados para apresentá-lo a todos os seus contactos. JAK também apoia a outros projectos que queiram sacar adiante iniciativas similares noutros países. Uma associação italiana (www.jakbankitalia.it) está tentando actualmente. Para quando em Portugal? Para quando no mundo inteiro, acabando com todos os otros tipos de bancos?

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Uma guerra de classes

Já há muito que ando para escrever, aqui, sobre a incapacidade dos economistas encontrarem uma solução para a crise: os países estão endividados e a receita -OBVIAMENTE FALSA! - É A CONTRACÇÃO DA ECONOMIA! Ora, com a contracção da economia não é possível, a qualquer país, gerar riqueza para pagar juros e a dívida que se vai acumulando,não se sabe até quando... Mas o que vão ouvir, nesta entrevista, apresenta uma perspectiva complementar desta incapacidade: a ganância dos senhores do dinheiro e o fracasso/colapso do sistema monetário internacional! http://www.youtube.com/watch?v=tv4WyOQedj4&feature=player_embedded Cordiais saudações! .

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Afinal, há solução para a crise!

Fácil! Ao alcance da mão! É só querer! Problema é que o Homem, na sua globalidade, não quer! A solução não está em repetir os erros que levaram à crise – como, por exemplo, injectar mais dinheiro nos bancos europeus e americanos – mas numa nova atitude perante o mundo e a vida, perante os outros. Por parte da humanidade! Todos! A começar e a acabar nos mais poderosos, os mais ricos. Perante o mundo: desenvolvimento com respeito integral pelo Ambiente. Perante a vida: todos têm direito a uma vida digna, com o mínimo indispensável à subsistência, mas também à educação, à habitação, aos cuidados de saúde. Perante os outros: distribuição da riqueza conforme o trabalho de cada um, todos com os mesmos direitos, todos com os mesmos deveres! Eis um, entre tantos que se podem mencionar ou “inventar”, modo prático de atingir e de mudar de atitude: cada país produzir todo o seu sustento, empregar toda a mão-de-obra, exportar apenas os excedentes, importar apenas o que não possa produzir. Mesmo que isso seja mais caro. Mas o que parece ficar mais caro, não o será, se tivermos em conta todos os factores inerentes ao processo. Um exemplo português: importar arroz da China fica mais barato do que produzi-lo em Portugal. Certo! Até porque na China, por enquanto, o trabalhador ganha dez vezes menos que em Portugal. Mas não se tem em conta um outro factor altamente importante para o Ambiente: poupa-se imensa energia, a nível global, com menos emissões de CO2, se menos um barco zarpar da China e atracar em Portugal um mês depois! “Ver global” também é isto! Ainda no respeito pelo outro, tendo todos direito a um emprego ou um trabalho tanto quanto possível de acordo com as aptidões de cada um, mas também no respeito pelo ambiente, há que atentar no não aumentar da população terrestre: aliás, quanto menos população, menos problemas de sustentabilidade a todos os níveis. E se parássemos nestes sete mil milhões para os quais já não há sustento, pois cerca de 4/5 passam fome? Então a solução está na distribuição de preservativos e na educação das populações e assistência médica para um planeamento familiar efectivo. Porque não se avança e se está á espera de... um milagre divino, quando é ao Homem que cabe resolver a situação? Esta uma pergunta feita a todos os economistas prémios Nobel ou não, a todos os políticos, a todos os chefes religiosos! Algum deles quererá/saberá responder? (Tudo isto remete para textos já aqui publicados antes.)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Ideias novas, têm ouvido algumas?

A crise acentua-se dia-a-dia devido às dívidas soberanas, não produzindo os países o suficiente para colmatar o que gastam em todos os sectores de actividade dos seus cidadãos: educação, saúde, alimentação, etc., tendo que endividar-se continuamente para fazerem face a essas despesas. Todos conhecem a origem do endividamento, todos sabem como resolver o problema... Sabem? – Não! Ninguém sabe dizer mais do que já se diz há muito tempo, desde que há tratados de economia: aumento da produtividade, aumento da competitividade em ordem a aumentar as exportações, aumentando assim o emprego e, simultaneamente o PIB do país, gerando riqueza não só para colmatar as necessidades dos cidadãos, mas também para amortizar juros e dívida contraída. (E bancos fortes ou com elevada liquidez! Como se isso fosse possível, no mundo corrupto a que o próprio sistema conduz!) Ora – e voltamos a repetir ideias já noutros textos apresentadas – o PIB de um país não pode continuar a crescer ad infinitum, as economias não podem continuar a crescer sem fim à vista e o emprego não pode continuar a ser garantido. Com o actual sistema económico-financeiro, claro está! É que todos os países ou todos os povos – sobretudo os que ainda não chegaram às benesses da dita civilização ocidental – querem ter essas mesmas benesses que, neste momento, pertencem apenas a uma parte reduzida da humanidade: cerca de 1/5. E novamente, a pergunta: o que acontecerá aos recursos naturais quando todos tiverem – se é que algum dia terão! – as benesses da tal civilização a que nós temos a sorte de pertencer? (Sorte, por enquanto: o futuro é uma incógnita!) Para já, milhões continuam a morrer de fome e doença no mundo inteiro enquanto outros se abarrotam de alimentos e de cuidados médicos, prolongando a vida artificialmente. Mas isto vai durar pouco. O sistema está a entrar em colapso. E não é só na Grécia ou Portugal, mas em todos os países já desenvolvidos e que não param de se endividar para manter o status quo, com os USA à cabeça, ao possuírem a maior dívida a nível mundial, estando reféns da China e da tramóia que engendraram para que o mundo gire à sua volta, sobretudo o mundo energético do petróleo, pago em dólares... Mas isso é outra história a que nos referiremos ainda aqui.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Interrupção forçada de férias!

Perante os graves acontecimentos que se vão sucedendo pelo mundo, quer político – violência inaudita e sem sentido em Inglaterra – quer económico-financeiro, como o sistema bancário suíço, ao qual chamam “a maior lavandaria de dinheiro “sujo” do mundo, a tremer perante a exigência dos USA em conhecer as contas milionárias dos norte-americanos que ali depositam o dinheiro vindo dos seus negócios escuros de venda de armas, drogas, ouro e diamantes, matérias primas, fugindo ao fisco..., além do afundamento das bolsas mundiais por receios de uma recessão global das economias não emergentes e, obviamente, dos países europeus que ameaçam entrar em colapso devido às dívidas soberanas, tivemos de regressar, pelo menos com uma intervenção, das gostosas férias que ainda nos são permitidas a nós, os que de algum modo pertencemos à classe dos “ricos”...
Não há dúvida: cedo ou tarde os países ditos ricos deverão ou terão de aceitar uma humanidade muito diferente da actual baseada num sistema económico-financeiro sempre propiciando a corrupção e a ganância. E, para tal, estabeleceríamos cinco pilares (não os do Islão, está claro!) a que todas as pessoas têm direito:
1 – ao trabalho (aqui, ao mesmo tempo, o dever de trabalhar).
2 – ao alimento
3 – a uma casa ou abrigo
4 – aos cuidados de saúde (aqui, controlando o crescimento da população, para não exaurir os recursos escassos e limitados da Terra, bem como deixar lugar às outras espécies animais e vegetais)
5 – à educação
Os USA e a Europa, que impuseram ao mundo o actual corrupto sistema económico-financeiro, serão forçados a aceitar mudanças radicais. Se não, serão vítimas da violência por parte dos pobres deste mundo e dos ataques das economias emergentes, nomeadamente da China e da Índia que encherão o mundo com os seus produtos, a preços tão baixos que implodirão todas as empresas semelhantes europeias e norte-americanas. Portanto, se isto é certo, mais cedo ou mais tarde, é um erro continuar a salvar os sistemas financeiros que estiveram no início da actual crise em que o mundo rico está mergulhado e que não têm argumentos para o fazer sair dela.
Claro que o problema será como mudar, quem começará, quanto tempo de transição será necessário (Não mais bancos, não mais agências de rating, não mais offshores, não mais bolsas, não mais usura: dinheiro ganhando dinheiro não olhando a meios para alcançar tão ganancioso objectivo, aliás, filosoficamente e humanamente, estúpido...)
Este é o grande desafio colocado às Universidades de Economia do mundo inteiro. Estamos curiosíssimos em saber qual delas será a primeira a ter a coragem de dar o primeiro passo em ordem a apresentar soluções!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Férias na aldeia...

Este blog vai entrar de férias! Mas não, sem antes fazer-se eco do que circula, na Net, como se o mundo fosse reduzido a uma aldeia de 100 pessoas. Nessa aldeia, teríamos:
1 – 100 asiáticos, 21 europeus, 14 americanos, 8 africanos;
2 – 56 mulheres, 44 homens;
3 – 70 pessoas de cor, 30 caucasianos;
4 – 89 heterossexuais, 11 homossexuais;
5 – 6 seriam donos de 59% da riqueza e seriam todos dos Estados-Unidos;
6 – 80 viveriam na miséria, 70 não teriam recebido qualquer instrução escolar, 50 passariam fome, morreria 1 por cada 2 que nasceriam, 1 teria computador e 1 teria instrução superior.
Os dados poderão não estar totalmente exactos, em proporcionalidade, mas aproximar-se-ão muito da realidade. Dado mais credível, porque fundamentado, é o de que c. 5% da população mundial possui c. de 95% da riqueza produzida no mundo. Daí, aqueles 80/100 que viveriam na miséria!
Se esta for a Verdade dos números – e, infelizmente, não deve andar muito longe disso! – teremos toda a razão em pugnar, como o fazemos aqui, por uma nova ordem económico-financeira mundial que ponha cobro a tamanhas desigualdades e a tais desmandos em que navega a humanidade.
Somos privilegiados e pertencemos aos “ricos” que podem fazer férias! Mas não deixamos este lugar vazio de ideias novas. Remetemos, de novo, para os textos-base publicados em Julho/Agosto de 2010, a saber, Sustentabilidade (I-VII) e Modus operandi (I-VII). Ali, se contém o essencial de como “dar a volta” ao mundo financeiro, causador de todas as desgraças, de todas as crises, de todas as injustiças e propiciador de todos os crimes, crimes obviamente de corrupção ou com ela conectados.
Estas ideias vêm sintetizadas no cap. V do meu livro “Um Mundo Liderado por Mulheres”, Esfera do Caos, Editores, que, sem falsa modéstia, se aconselha como leitura de férias: é livro que não fala só de economia mas contém outras agradáveis surpresas...

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Uma ideia de outro mundo! (Por enquanto!)

Para dar a volta a toda esta confusão em que o capitalismo selvagem actual mergulhou o mundo, o mundo dito primeiro, por oposição ao terceiro, vivendo exactamente o primeiro à custa do terceiro, obrigando este a morrer de fome e fazer guerras que não quer, mas a quem o primeiro tem de vender as armas que fabrica e que dá muitos milhões a ganhar aos senhores do capital – os sorridentes investidores! – gananciosos, está bem de ver, e querendo lá saber que aquelas armas vão ceifar a vida a outros seres humanos iguaizinhos a eles! – uma ideia civilizada, num capitalismo que não fosse selvagem, mas que se regesse por normas universais a que todos teriam de obedecer..., ideia, obviamente, também revolucionária – e isto sem qualquer conotação política, política que nada adianta para a resolução dos problemas das sociedades a nível global, criando uma sociedade mais equilibrada, com menos injustiças, sem guerras, sem milhões a quotidianamente morrerem de fome, sobretudo crianças, crianças cujas mães, por machismos reinantes ou ignorância e pobreza extremas, nem dinheiro têm para um preservativo! – uma ideia civilizada e brilhante seria transformar todas as empresas existentes em novas empresas, formando-se as que estão em processo de criação de igual modo, com um novo conceito ou paradigma: todos os participantes na empresa seriam sócios. Isso mesmo: sócios! Todos vestindo a camisola da produtividade, todos, primando pelo seu máximo desempenho, todos interessados em que a empresa não abrisse jamais falência, para que ninguém perdesse o seu emprego, todos com formação ou anterior ou posteriormente adquirida, sempre se actualizando para não perder “o comboio” da concorrência, nem da oportunidade, mandando-se às malvas os sindicatos, pois os conflitos laborais seriam varridos do vocabulário da economia social! Claro que a concorrência nunca poderia/deveria acabar, embora bem regulamentada, para não dar origem a subterfúgios selvagens e a corrupções incontroláveis, por informação privilegiada, obtida por métodos fraudulentos. Isto, em todos os domínios da actividade humana: da exploração das matérias primas, à exportação e serviços, à transformação, à investigação, exceptuando, obviamente, aquela que deveria ser imediatamente abolida e banida da face da Terra, por perversa e totalmente desnecessária: a do fabrico de armamento para a GUERRA! Todo o relacionamento humano deveria – já é tempo disso! já é tempo de não mais impérios de Alexandres, de Césares, de Turcos Otomanos, de Hitlers – deveria primar pelo diálogo e solidariedade social, recebendo cada um conforme as suas capacidades de desempenho e não por outros quaisquer motivos ou influências... Utópico?! – Talvez! Mas como fazer progredir o mundo e as sociedades se não houver utopias? Melhor: se não apostarmos nelas e apontarmos caminhos? Então, que haja políticos, que haja economistas, que haja Homens – aqui, sim, com letra bem maiúscula! – que tenham a coragem de pôr mãos à obra e tornar esta UTOPIA realidade, apresentando propostas concretas ao mundo!

domingo, 3 de julho de 2011

Onde nos levará a ganância?

A notícia aconteceu, na última semana: “Cerca de 70% das transacções em Bolsa – a nível mundial – são feitas inter-supercomputadores, sem qualquer intervenção humana”. A razão é simples: não há humano que seja capaz de competir em rapidez de decisão e execução com um super-computador. E a luta é saber qual deles chega primeiro à informação de tendência de subida ou descida deste ou daquele titulo. Depois, basta ganhar um cêntimo em cada transação, o que, multiplicado por milhões, dá muitos milhares de dólares ou euros de lucro. Por exemplo, uma transação de 40 milhões de acções, com um cêntimo de lucro, perfaz a “módica” quantia de 40 mil dólares ou euros.
É a ganância toal, a usura no seu auge: ganância dos investidores, ganância dos corretores. Mas, entre muitas, há quatro perguntas fundamentais que a Humanidade se deveria fazer: 1 – Para quê quer um investidor multiplicar por 10, 20, 1000 o seu capital? Não lhe bastarão uns largos milhares, para viver a vida em todo o seu esplendor, em harmonia consigo e com os outros? Haverá melhor filosofia de vida? Haverá outro conceito racional de felicidade? 2 – Não deveria o investidor pensar em criar riqueza, não para se servir dela, desbaratando-a, mas para a pôr ao serviço da comunidade, criando empresas que dessem emprego a toda a gente, isto é, com uma função totalmente social? 3 – Até que ponto tem um ser humano a liberdade de usurpar – seja baseado em que leis for, em que artimanhas for! – a riqueza toda só para si, deixando os outros, os seus semelhantes à míngua, sem emprego, passando fome? Não tem de haver limites para a liberdade, toda a liberdade, mormente a financeira? 4 – Quem terá força para impor limites a tal perversa liberdade? Não têm de ser os países – políticos, economistas e financeiros de braço dado – a acabarem com o escândalo, pois é de verdadeiro escândalo que se trata?
Infelizmente, parece que ninguém está disposto a dar o primeiro passo. Nem mesmo as universidades de economia! (Veja-se o pouco interesse que este blog tem despertado nesses fórums onde se ministra o “saber”!)
Há, no entanto, uma luz ao fundo do túnel: o próprio sistema pode entrar em colapso! Basta que um “esperto”, um dos que é vítima do sistema, mas tem a sorte de ter um computador e o know-how para accionar os mecanismos que levem à confusão total, baralhando o sistema, fazendo-o colapsar. Não há dúvida: é nas Bolsas mundiais, Bolsas nascidas para que as empresas produtivas pudessem dispersar o seu capital, capitalizando-se para produzirem mais e criarem mais emprego, mas agora totalmente desvirtualizadas dessa nobre função, que se verificam as maiores perversidades que o sistema financeiro actual permite, a nível global, aos senhores do capital. Até quando?!!!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Reforma aos 50 anos dos deputados europeus!

Os políticos europeus estão a lutar como loucos para entrar na administração da UE! E por quê? É que foi aprovada a aposentadoria aos 50 anos, com 9.000,00 por mês, para os funcionários da EU!!!. Este ano, 340 “agentes” partem para a reforma antecipada aos 50 anos, com essa pensão!!! Para facilitar a integração de novos funcionários dos novos Estados-Membros da UE (Polónia, Malta, países da Europa Oriental ...), os funcionários dos países membros antigos (Bélgica, França, Alemanha...) receberão da Europa tal prenda de ouro para se aposentar. É o mesmo escândalo dos parlamentos nacionais: fazem e votam as leis, em favor próprio, atribuindo-se presentes de ouro! E o povo paga para aqueles "Deuses do Olimpo!" se banquetearem! São uma verdadeira Máfia, estes Altos Funcionários da União Europeia!... Mesmo os deputados nacionais que, no entanto, beneficiam já de regimes especiais, nos seus países, não recebem um terço daquilo que eles embolsam.
Dois exemplos “exemplares”:
Giovanni Buttarelli, que ocupa o cargo de Supervisor Adjunto da Protecção de Dados, adquiriu, depois de apenas 1 ano e 11 meses de serviço (em Novembro 2010), uma reforma de 1 515,00/ mês, i.é., o equivalente daquilo que recebe em média, um assalariado francês do sector privado, após uma carreira completa (40 anos).
Peter Hustinx, seu colega, acaba de ver o seu contrato de cinco anos renovado. Após 10 anos, terá direito a cerca de 9 000,00 de pensão mensal.
Quem quiser conhecer outros casos já consumados, consulte a lista em:
http://www.kdo-mailing.com/redirect.asp?numlien=1276&numnews=1356&numabonne=62286
Pelo escândalo que representa, ainda voltaremos ao assunto. Só uma última informação: o Presidente Durão Barroso, recebia, em 2010, 29.504,00 mensais. Mais que o Presidente dos USA. Será que o previsível caos que se aproxima da UE, devido às complicações com as dívidas soberanas dos seus membros, fará rever este estado de coisas?
Tudo isto só existe por duas razões principais: 1 – as democracias são uma farsa, pois o povo limita-se a votar nos mesmos para, orgulhosamente exercer o seu suposto direito de voto (quando deveria usar esse direito para não votar ou votar em branco, exigindo que estes votem contassem para lugares vazios...); 2 – pela ganância a que o sistema financeiro internacional permite dar largas a estes “senhores”, mandando despudoradamente apertar o cinto a quem já não tem nada para apertar e vai passando fome... (e são milhões na UE!)
Ah, quando é que as vítimas deste sistema – mais de 5/6 da humanidade – será capaz de se revoltar e obrigar a um novo sistema onde haja mais igualdade e menos pobreza?

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Ideias novas em tempos de crise

Afinal, parece que, nos tempos de crise que vivemos, não faltam ideias novas, novas e boas! Por um lado, diz-se que há toda a conveniência em tender para plafond 0, nos OE, equilibrando receitas ou crescimento do PIB e dívida, deixando esta de ter significado – pese embora a constatação de que todos os países ditos ocidentais estão endividados, sendo os Estados-Unidos o mais endividado deles – para ter credibilidade externa, ou seja, "sentirem" os credores que o País tem capacidade de pagar os empréstimos concedidos. Por outro lado, há que ver como se obtém tal plafonamento 0. E, aqui, duas soluções se apresentam únicas para todos os economistas: 1 - aumentar as exportações que geram riqueza, riqueza que, por sua vez, gera superavit para pagar dívida e juros; 2 – reduzir drasticamente as despesas internas, quer no consumo de energia proveniente de importações – petróleo, gás e carvão – quer no consumo de bens importados para pagar os quais, divisas saem do país. Como obter resultados, dentro destes parâmetros, é o desafio que se coloca a todos os economistas nacionais e internacionais. Quanto a Portugal, há quem alvitre, para aumento das exportações, isentar de IRC as empresas exportadoras; para diminuição das despesas, alvitra-se: 1 - proibição de os bancos emprestarem dinheiro para o consumo de bens importados; 2 – incentivar ao consumo de apenas bens nacionais, dinamizando a economia; 3 – diminuir a circulação automóvel privada, circulando dia sim, dia não, conforme as matrículas par ou ímpar, poupando nas importações de petróleo; 4 – diminuir a velocidade permitida de 120 para 100, poupando entre 10 a 20% em combustível (com multas severas para os infractores, pois só multas severas são dissuasoras!) Muito boas ideias, portanto. Haja coragem para as pôr em prática!
Aliás, seriam medidas menos anti-sociais – e por isso, menos sujeitas a contestação – do que as da redução dos salários, a redução do subsídio de desemprego ou do tempo em que se recebe, a comparticipação nas despesas com a saúde, a redução do subsídio social de inserção.
Renegociar os juros da dívida também se considera essencial, tanto para credores como para devedores, seguindo, aliás, o princípio de “se eu devo pouco dinheiro, o problema é meu, se devo muito dinheiro, o problema é do credor e não meu ou unicamente meu”. Há, pois, que (na Grécia será ainda mais premente!), renegociar rapidamente os juros e prazos de amorização a que foram colocados os empréstimos; de contrário, será muito difícil a Portugal criar, nos próximos anos, riqueza que permita as amortizações no tempo definido.
Resta o problema – mas este é global – de saber até onde deverá crescer o PIB de um país, mantendo a contínua criação de emprego. Tal tema será objecto de análise em próximo texto. Até lá!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

As perversidades da democracia (3/3)

Perante as perversidades atrás, em síntese, apresentadas, deverá perguntar-se qual a solução possível, dentro da própria democracia e com partidos que são fundamentais para que as diferentes ideias se exprimam em grupo e se transformem em alternativas de governo dos cidadãos.
A solução passa, obviamente, por uma alternância de poder, de umas eleições para outras, entre os dois partidos mais votados, incluindo obrigatoriamente, no governo, independentes e/ou de outros partidos mais pequenos, credíveis pela sua competência provada, obrigando-se todos a comprometer-se com o Bem do País e a ajudar o Governo que naquele momento esteja em funções, pois, para a próxima, serão eles e só terão a ganhar se o País estiver facilmente governável. Mandatos, por exemplo, de 5 anos! (Aliás, o mesmo deveria acontecer com o Presidente da República, num único mandato de 7 anos, após o qual, ficaria cidadão comum sem as mordomias de que actualmente usufrui! Descomprometido com um 2º mandato, actuaria muito mais em prol do País no único de que usufruiria, caso tivesse coragem suficiente para tal, o que, infelizmente, não é o caso presente...) Isso, por um lado. Por outro, proibição absoluta de mudar os ocupantes de lugares públicos: PPP, empresas públicas, pessoal dos ministérios (aqui, mudando apenas os secretários de estado – poucos! – e os ministros), conforme o partido que fosse para o poder. Tais ocupantes seriam nomeados nunca pelos partidos, mas por uma entidade supra-partidária, na qual o Presidente da República teria papel relevante a desempenhar. Sempre pela competência! Com avaliação de desempenho! Julgados pelos resultados! Com leis que os condenassem, se maus administradores, a devolver do seu bolso o montante causador do “buraco” eventualmente deixado ao País! Do mesmo modo, as leis: estas só seriam aceites se totalmente claras para o comum dos cidadãos, sem subterfúgios para salvar os criminosos, como acontece no actual código penal português. Aliás, não seriam os advogados a redigi-las – mais uma vez, parte interessada na sua confusão para, da sua interpretação, tirarem lucro e alimentarem a sua profissão! – mas bons redactores, professores de Língua Portuguesa, por exemplo, ouvidos, obviamente, os mestres. Proibição ainda de os partidos e a Assembleia fazerem e fazerem aprovar leis que lhes dizem respeito. Estas seriam elaboradas por uma comissão patriótica e independente. E já não haveria o escândalo de reformas com 12 anos de Assembleia, nem o dos subsídios aos partidos e às campanhas eleitorais.
Tanta coisa que se deveria fazer para credibilizar a democracia, santo Deus! Como está, não é uma democracia onde o povo se revê, mas uma amálgama de lobbies de advogados e de poderes económico-financeiros, por um lado, por outro, uma aristocracia partidária onde manda a partidarite, falando sempre em nome do País, mas actuando sempre em seu proveito, os próprios, familiares e amigos. Um escândalo! E o povo? – Esse nada escolhe: limita-se a votar nos mesmos e no do aparelho: boys e girls que não querem perder o belo “tacho”, todos os partidos apelando ao voto, dizendo, perfidamente, que é a arma do povo e que votar é um direito e um dever cívico!...
Mas quem proporá tais óbvias soluções se são eles – os dos partidos – que o podem fazer, mas nunca o farão para não se comprometerem a si nem aos “seus”?
Se há solução para a democracia, para este impasse parece não haver outra que não seja uma revolução das massas. Para já, e para não fazer “sangue”, o que o povo pode/deve fazer é não votar. Em nenhum deles! A abstenção é a única arma de que o povo actualmente dispõe! A abstenção e o voto em branco que ambos deveriam contar para lugares vazios na Assembleia. Mas... para nada contam! Assim, seria o esvaziamento total que levaria inevitavelmente à tomada de medidas, daquelas medidas, daquelas soluções. Seria! Pois o povo – sejamos realistas! – não está preparado nem tem consciência política para enfrentar e levar a cabo tal urgente “guerra”!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

As perversidades da democracia (2/3)

Outra perversidade, tão grande ou maior que as primeiras, é a dos próprios interessados fazerem para si as leis que os protegem, lhes conferem salários muito acima do comum dos mortais e incomportáveis para o País, mordomias de senhores do posso-quero-e-mando. Sabem quanto se gasta com o Parlamento português? – Em 2010, foram 191.405.356,61 Euros (Ver DR, nº 28-1ªsérie, 10/2/2010) Aliás, escandalosos são não só os salários e mordomias dos parlamentares nacionais mas também dos do actual Parlamento Europeu! Se os parlamentares portugueses tinham, até há pouco – já foi alterado o escândalo? – reformas vitalícias após 12 anos de deputados na Assembleia da República, no Parlamento Europeu o prazo é de 16 anos! E são reformas milionárias! Vejam-se os links:
http://www.kdo-mailing.com/redirect.asp?numlien=1276&numnews=1356&numabonne=62286
e
http://www.lepoint.fr/actualites-economie/2009-05-19/revelations-les-retraites-en-or-des-hauts-fonctionnaires-europeens/916/0/344867
(Voltaremos ao assunto, por ser paradigmático.)
E ainda há que contabilizar os excessos em subvenções aos partidos políticos – mais uma vez, foram eles que fizeram as leis e estabeleceram os montantes a usufruir! – e o escandaloso gasto com as eleições, em outdoors e jantares, bandeirinhas e outras "mezinhas" para ludibriar o povo, na caça ao voto! Tudo subsidiado! Tudo pago pelo erário público, o mesmo é dizer, pelo mesmo povo que, no entanto, se deixa gostosamente levar!
Mas a maior das perversidades desta democracia é a dos partidos que não ganharam as eleições e, portanto, ficam na oposição, não ajudarem o Governo a governar, servindo o País como prometeram nas campanhas eleitorais, mas tudo fazendo para o derrubar, não só insatisfeitos com a derrota mas sobretudo com o fito de assalto ao poder e serem eles a mandar, a dar empregos aos seus boys e girls, aos seus gestores, normalmente incompetentes e, estes, sim, com salários não só acima das posses do País mas verdadeiramente escandalosos, havendo ainda prémios de produtividade nas empresas que acumulam ano após ano, défices monstruosos. Grandes gestores, não há dúvida! Em Portugal, os exemplos são mais que muitos! E... ninguém faz nada ou ninguém tem coragem de fazer seja o que for. Todos estão a comer do bolo e não querem perder fatia. Por isso, deixa correr! Por isso, deixa que o País se afunde e que as futuras gerações paguem a dívida! Mas... até quando? O raciocínio calculista deles até é, dentro de uma lógica partidária, compreensível, embora de forma alguma aceitável: “Se não os derrubarmos e, pelo contrário, os ajudarmos a bem governar, nunca mais iremos para o lugar deles, nunca mais teremos as benesses do poder! Nem para nós, nem para os nossos familiares e amigos! Há que fazer tudo para desencadear uma crise política. De outro modo...”
No próximo texto, apresentaremos uma proposta, uma solução que alteraria radicalmente o sistema, nunca o interesse dos partidos se sobrepondo ao interesse do País, como actualmente acontece. Uma nova democracia precisa-se, não há dúvida!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

As perversidades da democracia (1/3)

Já dizia Churchill: “A democracia é um mau sistema político, mas é o menos mau de todos”. E o problema das democracias são, afinal, os próprios partidos que delas naturalmente brotam, tornando-se na primeira daquelas perversidades. Bem analisadas as coisas, os partidos são anti-democráticos porque não deixam que o povo se exprima livremente, escolhendo os seus representantes, sendo estes impostos pelas cúpulas partidárias, muitos deles – ou todos? – da área do aparelho, com alguma formação, é certo, mas, sobretudo, com muita facilidade no falar e em denegrir as ideias dos outros com argumentos que sempre conterão alguma verdade... (Ah, como é fácil falar e criticar e não fazer nada!) E é no interior dos partidos – e não na população real – que tudo se joga: o poder, a oposição, os interesses de cada um e dos amigos, os boys ou girls, a corrupção. E chovem, para aqueles, empregos, mais ou menos forjados, sempre bem remunerados, obviamente na esfera do poder, o mesmo é dizer do Estado, atingindo despesismos incomportáveis. E é o povo que tudo paga do seu bolso com impostos cada vez mais gravosos, pois, de cada vez é necessário mais dinheiro para as “indispensáveis” despesas de funcionamento: os assessores e assessoras dos ministros e secretários de Estado, por exemplo, contam-se às centenas! O mesmo se passa ao nível das autarquias com inúmeras empresas, algumas fictícias ou quase, para empregar familiares e amigos afectos ao partido no poder... E o povo nada pode fazer! Pior: todo esse pessoal se “renova”, isto é, muda conforme o partido que, com o voto do povo – povo que cada vez se abstém mais, pois não se revê no sistema e sente-se por ele enganado – se instala no poder, sendo, no entanto, o substituído despedido com chorudas indemnizações! É demais!
Outra perversidade são as nomeações para cargos públicos, como gestores de empresas públicas e PPP (Parcerias Público-Privadas), pela cor partidária e não pela competência. Um escândalo, como escandalosos são os salários e as mordomias que auferem, sendo eles próprios a propô-los ao Governo que, obviamente, os aceita, recebendo ainda prémios de produtividade quando as empresas que administram dão continuados prejuízos...
Procuraremos, depois das críticas, construir um modelo de democracia genuína. Esta que nos impõem está cheia de vícios, sendo, sem dúvida, mais um produto do sistema perverso económico-financeiro que rege o mundo e contra o qual aqui nos debatemos!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Os vencimentos dos gestores das empresas públicas portuguesas

Escândalo dos escândalos! Todos nomeados pelos partidos! Todos da clientela partidária! Todos boys e girls pagos a peso de oiro! Por quem? – Pelo povo que, infelizmente, continua a votar neles e a pô-los no poder. Ora agora uns, ora agora outros! Mas sempre os mesmos!
Então, leiam, comparem e pasmem, minhas senhoras e meus senhores, vós os que labutais para terdes um salário mínimo ou um pouco acima dele!
(Vencimentos anuais em euros, prémios de produtividade incluídos, mesmo empresas falidas e/ou altamente endividadas. Para saber o montante mensal, divida-se por 14!):
Presidente da PT – 1.019.271,00; CEO da PT – 1.019.271,00; VOGAL (são 6!) – 586.853,00
Presidente da CGD – 560.012,00; Vice-Presidente – 558.891,00
(Chanceler Angel Merkel – 220.000,00)
Presidente da TAP – 624.422,21; Vogal (são vários!) – 483.568,00
(Presidente dos USA – 291.290,41; Vice-Presidente dos USA – 151.471,01)
Presidente do C.A. da Parpública, SGPS – 249.896,78
(Primeiro Ministro – c. 100.000,00)
Presidente dos CTT – 336.662,59
(Presidente Sarcozy – c. 250.000,00)
Governador do BdP – 243.211,60
(Presidente da Reserva Federal Norte-Americana – 137.626,00)
Presidente do C.A das Águas de Portugal – 205.814,00
(Presidente da República – c. 140.000,00)
Presidente da ANA – 189.273,92; Vice-Presidente – 213.967,23
(Presidente da As. da República – c. 120.000,00)
Presidente do C.A. da RTP – 254.341,00
(Primeiro Ministro britânico – c. 250.000,00)
Presidente do C.A da EP (Estradas de Portugal) – 196.940,00
(Um ministro – c. 90.000,00
Presidente do C.A. do Metro Porto – 157.670,00
(Um Sec. de Estado – c. 80.000,00)
Presidente da GERAP – 164.733,00
Presidente da INCM (Imprensa Nacional Casa da Moeda) – 189.784,00
Presidente da PARQUEXPO – 162.997,00
Presidente da GAGESTAMO – 205.573,17
Presidente do C.A. da ANACOM – 233.857,40
Etc., Etc.
Deixamos para o fim o maior escândalo nacional e internacional! Em 2009, o Presidente da EDP, António Mexia, recebeu 3,1 milhões de euros (700,000,00 – salários fixos + 600.000,00 – remuneração variável + 1,8 milhões – prémio plurianual de mandato), o que dá 8.500,00 por dia! Isto, sendo a EDP a empresa portuguesa mais endividada: 14,007 mil milhões! Os sete membros da Comissão Executiva da EDP receberam, em 2009, um total de 17,5 milhões de euros!
E o ordenado mínimo nacional? – 485,00 mensais, ou seja, 6.790,00 anuais. Mexia recebeu cerca de 500 vezes esse salário.
Sem comentários!!!
(Dados apresentados pelo CDS, Cidadania Faro, não citando as fontes)
Estas críticas inserem-se na nossa tese: “Fossem outros os modelos económico-financeiros, a nível global, e estes escândalos não só não seriam permitidos como não seriam possíveis!" Mas para quando, se todo o mundo se acomoda? Esperemos que os jovens dêem a volta a isto. O exemplo vem de Espanha!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Deputados Ingleses e Suecos vs deputados Portugueses

Os deputados do Reino Unido, na "Mãe dos Parlamentos":
1 . Não têm lugar certo onde sentar-se, na Câmara dos Comuns;
2 . Não têm escritórios, nem secretários, nem automóveis;
3 . Não têm residência paga (pagam pela sua casa em Londres ou
na província);
4 . Pagam, por todas as suas despesas, normalmente, como todo
e qualquer trabalhador;
5 . Não têm passagens de avião gratuitas, salvo quando ao serviço do próprio Parlamento;
6. E o seu salário equipara-se ao de um chefe de secção de
qualquer repartição pública.
Em suma, são SERVIDORES DO POVO e não PARASITAS do mesmo.
(Em Portugal, último escândalo: apesar da crise, a Assembleia da República, no seu último dia da legislatura, aprovou um regime especial para os “seus” funcionários, diferente dos outros funcionários públicos: subsídios atribuídos por decisão do Presidente, promoções mais rápidas e ordenados mais elevados.)
E o que se passa na Suécia?
Para ter acesso ao vídeo-clip proceda do seguinte modo:
1 – Aceda ao google pela Internet.
2 – Onde está http://www.google.pt, digite: biboca (1).wmv
3 – Clique Enter
4 – Clique no ítem: YouTube-biboca.wmv
E assistirá ao vídeo sobre o sistema político sueco e o seu parlamento com os respectivos parlamentares a não gozarem de quaisquer mordomias. Um exemplo!
Exemplo que, claro, os parlamentares portugueses não seguem. Por isso, aqueles são credíveis, estes, absolutamente nada! Zero!!! Mas continuam banqueteando-se... E com o beneplácito do povo que os elege e não boicota completamente as eleições. É que nenhum dos actuais políticos merece nem um dos votos populares que lhe dá acesso ao poder e... ao dinheiro de todos nós!
Esta denúncia leva-nos à conclusão de sempre: se a economia não funcionasse nos moldes em que funciona, dependente de um sistema financeiro corrupto, a permissividade seria menos aceite. Se, neste momento, já é intolerável nos países nórdicos, seria, pelo menos, severamente castigada ou impossível nos países do Sul, onde, nisso, Portugal é rei! Infelizmente!...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A montanha pariu um rato?

O FMI ou Troyka já se foi. Não sabemos quanto se cobrou pelo serviço prestado. Esperava-se muito mais e trabalho durante mais tempo. Que fossem uma espécie de sombra do governo, in loco, não à distância. E, ao que se conhece, muitas coisas deixou por dizer, fazer ou por obrigar a fazer:
- Obrigar os bancos a pagarem impostos como qualquer empresa.
- Obrigar a reduzir 50% nos vencimentos dos gestores (e afins) dos bancos a quem coube uma fatia de c. de 15% do empréstimo – 12 mil milhões! – CGD incluída. O mesmo para os gestores das empresas públicas, as que dão lucro e, obviamente, também as deficitárias.
- Acabar, por tempo indeterminado, com os prémios de produtividade sobretudo no sector público mas também, devido ao empréstimo, no sector bancário.
- Obrigar à renegociação em favor do Estado de todos os contratos nas PPP.
- Propor a renegociação da dívida existente, dívida que tudo leva a crer que seja impagável nos termos em que se encontra no momento, com juros especulativos: quanto mais sobem os juros, menos possível é a uma economia débil pagar a dívida.
- Extinguir a RTP (que dá milhões de prejuízo e onde os gestores são lautamente bem remunerados), privatizando-a.
- Privatizar as empresas deficitárias do Estado e não as que dão lucro. (A abrigatoriedade de privatizar a TAP, EDP, REN, etc., é uma demagogia e uma forma fácil de fazer dinheiro, mas apenas uma única vez, acabando-se com os últimos “anéis” que o Estado tinha para obter receita, além do ouro do BdP).
- Obrigar a reduzir 50% em pessoal e mordomias em:
1 – Presidência da República
2 – Assembleia da República (a começar pela redução para 180 dos deputados)
3 – Ministérios como, por exemplo, o da justiça.
- Obrigar a reduzir em 50% os Institutos públicos, as empresas municipais, as juntas de freguesia, as transferências para a Madeira e os Açores, indicando quais (este o grande problema!).
- Obrigar a reduzir 50% as Forças Armadas que são um sorvedor de dinheiro e passam a maior parte do tempo sem nada fazerem nos quartéis.
- Obrigar à revisão do Código penal, não permitindo-se mais o escândalo de, salvo casos de vida ou de morte, recursos sucessivos de tribunal em tribunal. (Veja-se o recentíssimo caso de Isaltino: já condenado em duas instâncias, ainda vai recorrer para o Tribunal Constitucional! Grandes leis as nossas, caramba! – Mas para protegerem os criminosos e atrasarem a justiça!...)
- Obrigar a reduzir as importações de bens produzíveis no País, dinamizando sectores como o da agricultura e pescas!
- Reduzir o número de ministérios, de secretários de Estado, de assessores (Estes, acabar com eles, pois são a melhor fonte de emprego para os boys e girls de todos os partidos!)
Enfim: The last but not the least!
- Estabelecer critérios para pagar a dívida, escalonando-a, não só pelos prazos a que os empréstimos foram contraídos, mas também dizendo donde deverá vir o dinheiro para a pagar. Sem isso, nada feito: é só adiar a morte lenta do país. Com este empréstimo de 78 mil milhões, respiramos até quando se tudo continua quase na mesma, sem crescimento que pague dívida e juros e as despesas correntes?
De concreto nada ou quase nada a Troyka fez! Deixou tudo para fazer a uns senhores que, comprometidos no sistema, não serão capazes de mudanças que exigem tremendos cortes nos amigos e nos partidários!
Espera-se, pois, que Portugal vá ao fundo. Aí, insolvente, talvez seja comprado pelos chineses para aqui fazerem uma estância de férias para os seus novos ricos!...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Ó “nosso” dinheiro, por onde andas?

Pretendendo este blog ser apenas de discussão de ideias, os escândalos que se refiram terão a função de alertar para que outras soluções surjam mais justas e menos corruptas. É o caso dos bancos.
O sistema actual obriga-nos a guardar o dinheiro nos bancos. Ora, seria suposto que “eles” tratassem bem dele e nos dessem em troca uma boa remuneração, enquanto o lá mantemos. Mas... não! São intermediários que, altamente remunerando-se, prestam um péssimo serviço quer aos depositantes quer aos que a eles recorrem para empréstimos. Entre solicitações para que as famílias e os indivíduos se endividem, emprestando a juros proibitivos – gananciosos! – comprando, a crédito, casa, carro, electrodomésticos, férias..., parece que vários tipos de corrupção, favorecendo amigos (Toma lá esta declaração e o teu empréstimo considera-o pago, pá! Somos amigos ou não?! – Isto aconteceu no BCP!), são possíveis nos bancos, mesmo os considerados dentro da lei ou da normalidade. Que leis, santo Deus! Que (a)normalidade! Claro que o maior escândalo vai para as remunerações e prémios de produtividade das classes dirigentes. O exemplo mais gritante passou-se (passa-se?) com o BCP, denunciado por vários Media, mesmo estrangeiros, mas a que ninguém pôs cobro, dado o capitalismo selvagem que alimenta o sistema, com os bancos a pertencerem a meia dúzia de accionistas de referência. Assim, noticiou-se:
«Os nove executivos da administração do BCP receberam, em 2006, 26,955 milhões euros em remunerações, o que perfaz uma média de 2,995 milhões de euros por administrador. Este valor supera em mais de cinco vezes o salário médio recebido pelos executivos dos restantes bancos cotados.
No ano passado, as cinco instituições bancárias cotadas em bolsa gastaram quase 46 milhões de euros para remunerar 41 administradores executivos, o que resulta numa média de 1,1 milhões de euros por administrador. Retirando os salários do BCP da amostra, a média dos salários pagos na banca cai para 588.641 euros.»
Acrescem ainda os contratos de trabalho, prevendo indemnizações monstruosas, em caso de rescisão. O exemplo mais sonante foi o do ex-administrador Paulo Teixeira Pinto que saiu com uma indemnização de 10 milhões e uma reforma vitalícia de 35.000,00 Euros mensais (14 meses)...
Acrescem ainda, além, obviamente, dos salários dos trabalhadores, os salários volumosos dos detentores de altos cargos periféricos à administração: Revisor oficial de contas, Presidente e Vice-Presidente da mesa da Assembleia Geral, Membros do Conselho de Remunerações e Previdência, Responsáveis funcionais, dirigentes e outros colaboradores, Conselho Geral e de Supervisão, Auditor externo (Dados recolhidos da convocatória para a Assembleia Geral Anual, 2011).
E basta de escândalos!
A solução é a que por aqui vimos defendendo: lutar contra este sistema financeiro que nos acorrenta a todos, a nível global, em benefício de uns poucos que têm o desplante de estabelecerem os seus próprios vencimentos e os seus prémios de produtividade! Com o nosso dinheiro, está claro!
Todos os escândalos acabariam se o mal se cortasse pela raiz: bancos, só nacionais, com dinheiros públicos, bem geridos, servindo empresas e cidadãos! Era uma revolução! Infelizmente, por enquanto, pura utopia...

terça-feira, 26 de abril de 2011

Carta aberta ao Sr. Presidente da República

«Sr. Presidente,
Já que fomos obrigados pela incompetência dos agentes políticos – todos incluídos! – a ir para eleições,
Já que nenhum dirigente partidário oferece credibilidade para, seja qual for o resultado das eleições, formar um governo de unidade nacional como se impõe, de momento,
Já que Portugal só parece ser governável com um governo apartidário ou supra-partidário,
Já que não se levanta em Portugal nenhum movimento popular, como na Islândia, impondo um tal governo que ponha ordem em todos os agentes políticos incompetentes que têm de passar pela vergonha – vergonha que é cúmplice com todo um povo que os elege! – de serem ensinados pelo FMI a fazerem as contas "de casa"...,
Cabe-lhe a si, Sr. Presidente, tomar a iniciativa, no exercício da sua magistratura activa e no espírito da actual Constituição, como diz o Prof. Jorge Miranda, dizer ao País, mesmo antes das eleições, que não nomeará qualquer um dos líderes partidários para primeiro ministro, mas uma personalidade credível da área do partido mais votado, personalidade que formará o tal governo de unidade nacional, governo que execute o programa do FMI, faça todas as reformas profundas que é necessário fazer em todos os sectores da vida nacional, obtendo simultaneamente o compromisso escrito com a maioria dos partidos, sobretudo PSD e PS, de nenhum boicote por parte da Assembleia da República às severas medidas adoptadas, incluindo, obviamente, a redução de deputados para o máximo de 180, segundo a Constituição.
Por favor, cumpra este seu dever para com Portugal!
Cumprimentos.»
Se uma boa parte dos portugueses enviasse ao Presidente uma carta como esta, seria um acto de patriotismo muito mais importante e significativo do que ir votar (em quem, se nenhum deles é credível?) ou votar em branco (os votos em branco não são contados para coisa nenhuma – trabalho inútil, portanto!) ou simplesmente abster-se – acto desagradável para quem o motivo não é a preguiça mas o não ter ninguém em quem se reveja como patriota credível que queira realmente servir Portugal e não servir-se...
Quem concordar, avance! Basta ir ao Google e clicar em “Escreva ao Presidente”.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Não pagamos ou renegociamos a dívida?

Há quem, perante o escândalo dos especuladores que emprestam dinheiro, lance o slogan “Não Pagamos!”. Mas talvez fosse mais cordato insistir no “Renegociamos!” O exemplo veio da Islândia.
A Islândia – um pequeno país, ilha com cerca de 320 mil habitantes, e que durante muitos anos viveu acima das suas possibilidades graças às “magias” bancárias – foi o primeiro país a ir à bancarrota com a crise financeira, em 2007, por causa do seu endividamento excessivo e pela falência do seu maior Banco que, como todos os outros, se afogou num oceano de crédito mal parado. Praticamente os mesmos motivos pelos quais tombaram a Grécia, a Irlanda e Portugal. O Partido Progressista (PP), que se perpetuou no Poder desde a sua independência em 1944, levou o país à miséria, pactuando com a corrupção que grassou no país, sobretudo a nível bancário, e, aflito, pediu ajuda ao FMI. Claro que este aceitou ajudar a troco de empréstimos a juros elevadíssimos, a começar em 5,5%, traduzindo-se num empenhamento das famílias islandesas pelo menos a 30 anos, sendo uma parte substancial do empréstimo utilizado para pagar o buraco financeiro do Banco Islandês!
Perante tal situação, o país mexeu-se, apareceram movimentos cívicos despojados dos velhos políticos corruptos, com uma ideia base muito simples: os custos das falências bancárias não poderiam ser pagos pelos cidadãos, mas sim pelos accionistas dos Bancos e seus credores. E todos aqueles que assumiram investimentos financeiros de risco, deviam agora aguentar com os seus próprios prejuízos. Nunca o povo anónimo!
O descontentamento foi tal que o Governo foi obrigado a efectuar um referendo, tendo os islandeses, com uma maioria de 93%, recusado a assumir os custos da má gestão bancária e a pactuar com as imposições usurárias do FMI. Num instante, os movimentos cívicos forçaram a queda do Governo e a realização de novas eleições. Foi assim que em 25 de Abril (esta data tem mística!) de 2009, a Islândia foi a eleições e recusou votar em partidos que albergassem a velha, caduca e corrupta classe política que os tinha levado àquele estado. Um partido renovado (Aliança Social Democrata) ganhou as eleições, e conjuntamente com o Movimento Verde de Esquerda, formaram uma coligação que lhes garantiu 34 dos 63 deputados da Assembleia. Daqui saiu um Governo totalmente renovado, dirigido por uma Mulher – as mulheres são mais capazes de grandes feitos que os homens! – com um programa muito objectivo: aprovar uma nova Constituição, acabar com a economia especulativa em favor de outra produtiva e exportadora, e tratar de ingressar na UE e no Euro logo que o país estivesse em condições de o fazer, pois numa fase daquelas, ter moeda própria (coroa finlandesa) e ter o poder de a desvalorizar para implementar as exportações, era fundamental. Foi assim que se iniciaram as reformas de fundo no país, com o inevitável aumento de impostos e uma reforma fiscal severa. Os cortes na despesa foram inevitáveis, mas houve o cuidado de não cortar nos serviços públicos essenciais, separando-se o que o era de facto, de outro tipo de serviços que haviam sido criados ao longo dos anos apenas para satisfazer clientelas partidárias. As negociações com o FMI foram duras, mas os islandeses não cederam, e conseguiram os tais empréstimos de que necessitavam a um juro máximo de 3,3% a pagar nos tais 30 anos.
O FMI aceitou. E a Islândia foi o exemplo de como se deve recorrer à ajuda externa, tendo saído da recessão em menos de dois anos, sem se tornar escrava dos especuladores internacionais, a começar ou a acabar no FMI!
Ah, quem dera que Portugal lhe seguisse o exemplo!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Bem-vindo sejas, FMI!

Com a vergonha de uns políticos assessorados por boys bem pagos que não sabem fazer contas, com a vergonha de uns governantes e de um presidente que não sabem fazer consensos para bem conduzirem o País, com a vergonha de um povo que continua a votar em todos esses “senhores”, eis que chegou “alguém” que vem pôr ordem “nisto”! Ora, se vem pôr ordem, se vem impor leis correctas, obrigando a abolir as selvagens existentes que tudo permitem aos “senhores” que as fazem..., bem-vindo seja!
Os desmandos e escândalos estão todos largamente inventariados. Vamos então a ver como se comporta em relação a eles, o nosso “convidado”!
Redução em c. 50% do dispêndio (mordomias de adornos de salões, carros, assessores, boys e girls, subsídios de representação, etc., etc.) com o aparelho do Presidente, o aparelho do Governo (menos ministros), a Assembleia da República (menos deputados), os partidos (fim das subvenções), os salários dos gestores públicos, as PPP (renegociação), os Institutos, os prémios de produtividade em empresas deficitárias (fim do escândalo!), as empresas municipais, as regiões autónomas (proibir umas e outras de se endividarem!), as reformas milionárias já existentes e ainda programadas, sobretudo as obtidas com “meia-dúzia” de anos de serviço (deputados, Banco de Portugal, CGD, etc.), as indemnizações por abandono do cargo com a mudança de Governo, as nomeações político-partidárias para qualquer cargo público (devendo ser feitas apenas e só pela competência e por concurso). E tudo o mais onde reina o escândalo, o compadrio, e onde o povo nada pode fazer senão abster-se nas eleições desses senhores que dizem servir o País e apenas se servem dele e o tornam mais injusto e menos competitivo! E, na competição, apelo ao trabalho produtivo, à iniciativa produtiva, ao consenso entre os parceiros sociais, à proibição das greves em sectores deficitários públicos e privados, à implementação de penas severas para com os sindicatos que numa greve não asseguram os serviços mínimos, ao despedimento com justa causa de grevistas que impeçam outros de ir trabalhar, à proibição de greves em sectores que impeçam, em cadeia, outros de trabalhar (maquinistas da CP, etc.), fim das centrais sindicais que não têm qualquer razão de ser, fim de vários sindicatos no mesmo sector de actividade! E ainda, revisão completa do Código Penal, reescrito por professores de português e não por advogados que elaboram leis de tal modo confusas e permissivas que só eles as entendem e só eles sabem como defender até ao limite os criminosos, indo de tribunal em tribunal, arrastando anos os processos! Implementação, em todos os sectores do Estado, Trabalho por objectivos e Avaliação de desempenho feita por entidades credíveis, com fortes penalizações para quem tiver mau desempenho! E ainda a reforma administrativa do território (redução drástica de freguesias, eleições nominais e não partidárias, etc.). Um grande ETC!
A tarefa é gigantesca! A revolução fantástica! Só têm medo do FMI os instalados! Esperemos que não congele salários e pensões baixos e que não corte nos benefícios sociais dos pobres, pobres que não viram as costas ao trabalho...
Claro que estamos no Reino do Capitalismo! Mas que melhor podemos fazer enquanto o sistema – contra o qual aqui lutamos e cuja alteração radical aqui propomos! – for este a nível mundial?

domingo, 3 de abril de 2011

E agora, Portugal?

Não poderia, nesta hora de crise, deixar de me associar ao que circula no facebook e não só. Goradas que foram as expectativas da formação de um GOVERNO DE INICIATIVA PRESIDENCIAL por Cavaco Silva, eis a voz, se não de todo, pelo menos de uma boa parte do povo:
«E agora, Portugal?
O PR, entrou pelo caminho mais fácil e mais favorável! Fazer um GOVERNO DE INICIATIVA PRESIDENCIAL, convidando os melhores, dava muito trabalho e poderia macular a sua “imaculada” aura. Assim, os outros que assumam a responsabilidade e que trabalhem! É: um bom emprego com o menor trabalho possível é o que é o do actual presidente! E o povo? – O povo que trabalhe ou... se trabalhe! Afinal, ao contrário do que dizem alguns sábios (conselheiros e líderes partidários – os únicos, com o PR, a quererem eleições!), teria sido simples: os partidos indicavam dois ou três nomes, o PR escolhia outros tantos e aí tínhamos um Governo de consenso. Enfim, os GRANDES HOMENS DEFINEM-SE NAS GRANDES DIFICULDADES! Infelizmente, Portugal não teve essa sorte!
Posto isto, o que podemos – nós o povo! – fazer! Se o PR não quis meter as mãos na massa, se os partidos, nenhum merece credibilidade e, como já foi afirmado por muitos, não se vão renovar por dentro para a merecerem, só nos resta não ir votar: ABSTENÇÃO EM MASSA!
Assim, forçaremos a revolução necessária para que esta democracia deixe de ser uma partidarite e se torne realmente democracia! E forçaremos um governo que ponha o país e os cidadãos e suas estruturas nos eixos! É que nada funciona, caramba! Todos a servirem-se e ninguém a servir o País, dizendo, hipocritamente, servi-lo!...
E denunciar, nada adianta! Os senhores instalados ouvem e fazem de conta... Veja-se o link:
http://www.youtube.com/watch?v=pb8sZR-bI6o
Enfim, os jovens em vez de se manifestarem – o que nada adianta! – avancem é para o PARTIDO DA JUVENTUDE PORTUGUESA para tomarem nas mãos o seu futuro e o futuro deste país! Só eles são a esperança da mudança! (Para base de um possível programa de governo sujeito, embora, a alterações mais radicais - PPP, Institutos, Ministros, Assessores e Deputados, Código penal, Lei da greve, Salários de gestores públicos, Subvenções dos partidos, etc., etc, - ver VISÃO, nº 940 de 10-16/03/2011.)
Haverá por aqui alguém que os leve a darem o primeiro passo? E, entretanto, não é o FMI o único capaz de vir pôr ordem nestes governantes e políticos que (des)governam Portugal?»
Estou convicto de que muitos subscreverão estas palavras. Eu subscrevo!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Informação necessária

Para quem há pouco chegou a este blog, para melhor se integrar no espírito de luta que o alimenta – luta não sectária nem ligada a qualquer facção político-partidária, entenda-se! – seria conveniente que se desse ao pequeno trabalho de reler os textos-base publicados, aqui, em Julho/Agosto de 2010, sobre a insustentabilidade, a nível global, dos modelos eocnómico-financeiros que nos regem e as suas perversidades, bem como o modus operandi para levar a bom termo e obter êxito na mudança que se exige e que, mais cedo ou mais tarde, será inevitável! Pretende-se que tal mudança se faça o mais rapidamente possível para que os povos sejam poupados aos sofrimentos que facilmente se avizinham, obviamente, os que agora vivem ou sobrevivem com alguma qualidade de vida, a começar em nós, projectando-nos nos nossos filhos e netos. É que, se nada for feito, entraremos numa espiral sem retorno de afundamento da qualidade de vida, para a maior parte da população mundial que já a possui agora, não falando na total incapacidade de se conseguir que a possam vir a ter os muitos milhões que diariamente vão sucumbindo à fome e à doença, não usufruindo tão pouco de educação e bem-estar – o mínimo a que todo o ser humano tem direito, por ter vindo à vida!
Preconiza-se, pois, uma mudança radical do modelo económico-financeiro que (des)governa o mundo e ao qual todos estamos sujeitos e para o qual todos contribuímos, queiramos ou não, auto-definindo-se essencial para a gestão interna e externa da economia que dita a qualidade de vida das populações, na sua relação entre o trabalho e o capital que recebe em troca.
A aposta é nos jovens que têm de tomar nas mãos o seu futuro. Se não, vão herdar um mundo ingovernado e ingovernável, pois baseado naqueles modelos perversos e falsamente salvadores das pátrias. É que eles são apenas salvadores dos senhores do capital, arrogando-se de todos os direitos exactamente por se afirmarem como indispensáveis ao funcionamento da economia local e global. O que é totalmente falso!
Depois daqueles textos-base, temos vindo a propor e continuaremos a propor ideias novas para que as democracias se cumpram realmente e não sejam uma farsa, como o é actualmente em muitos países, como Portugal. Disso, falaremos em breve.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Colapso económico global?

Quem se salvará? – Os criadores e accionistas do sistema, certamente! Os outros...
Muito bons economistas – infelizmente poucos! – têm insistido em que os países devedores devem renegociar a sua dívida soberana, dívida que já ultrapassa em muito a sua capacidade de pagar, não gerando o seu PIB verbas suficientes para o efeito. A curto, médio e, sobretudo, a longo prazo.
O vídeo que hoje recomendo como reflexão para todos – cidadãos de países mais ou menos endividados – foi produzido pelo cineasta e apresentador de radio norte-americano Alex Jones. Embora não economista, será certamente secundado por muitos, aqueles, obviamente, que não acreditam no sistema ou que não estão por ele anquilosados! Vem também na linha do já defendido no meu livro “Um Mundo Liderado por Mulheres” e do que vimos defendendo, por aqui. Trata-se da fraude monumental que representa, a nível mundial, o sistema bancário privado, sistema que tem de ser rapidamente revisto e severamente controlado ou, simplesmente, eliminado! Para já, impõe-se a renegociação da dívida enquanto essa revolução não se tornar possível. Mas parece que tal revolução só acontecerá com a sublevação das massas, o que, no grau de comodismo e ignorância em que estamos, não será fácil que aconteça. Espalhar este vídeo pode ser um bom começo! Vejam e divulguem!
Realmente, é tempo de no youtube, facebook, internet, twitter, blogs, mails, etc., intervirmos activamente no que, cedo, se vai revelar fundamental para as nossas vidas, lutando para não sermos trucidados pelo sistema económico-financeiro mundial instalado. É ele que, de momento, dita as leis e tudo condiciona: a economia, a energia, o ambiente, o social, as dívidas soberanas dos Estados... Vejam!
A hora é de agir! E até sabemos por onde ir! Por este caminho é que não!
Referente:
http://www.youtube.com/watch?v=QiY8QB1fNAY&feature=player_embedded

segunda-feira, 14 de março de 2011

Os jovens, também vítimas do sistema?

Antes dos jovens, falemos ainda da Mulher para denunciar, mais uma vez, um dos maiores atentados praticados ainda em certas tribos africanas quando, em tenra idade e totalmente indefesa, lhe é imposta a excisão do clítoris. Uma monstruosidade quase comparável à imolação de crianças para apaziguar a ira dos deuses em tempos remotos... Arrepia e revolta! Há que, nesses países, apelar à mudança de mentalidades para que se acabe rapidamente com tamanha barbaridade. Quem o fará?
Agora, o assunto de hoje:
Os jovens fariam melhor se, em vez de contestar o sistema político vigente no país e exigir derrube de governos, em manifestações mais ou menos ruidosas, eles próprios se imiscuíssem no sistema político-partidário para acederem ao poder e, a partir de dentro, jogando o mesmo jogo, fazerem todas as reformas que apregoam como necessárias. É que dificilmente será possível mudar seja o que for, profundamente, radicalmente, se os protagonistas continuarem perto dos mesmos ou apaniguados dos mesmos, directa ou indirectamente. Pois, se os do partido A não cumprem, os do B que disputam ao A o poder, alcançando-o, não farão muito melhor: todos estão comprometidos com o sistema, corrupto na generalidade, subserviente aos interesses instalados, dominados pelos todo-poderosos agentes financeiros que ditam as suas leis.
Vamos ver ao que se chega nos países árabes do Magrebe e Médio Oriente com estas revoluções desencadeadas pelos jovens, exigindo democracia.
O desafio é que eles formem um partido – PARTIDO DA JUVENTUDE – com o nome da nacionalidade própria – EGÍPCIA, TUNISINA, LÍBIA, etc. – e entrem no jogo, submetendo-se ao sufrágio universal, com ideias e propósitos de agir com coragem, saber e honestidade. Eles, sim, eles poderão ser os garantes das reformas drásticas que são necessárias a nível global e local para que o mundo mude e, como adultos de amanhã, tenham um futuro o mais possível risonho e, sobretudo, sustentável. O que, obviamente não é fácil! Eles que não tenham ilusões. Aliás, só metendo as mãos na massa, verão as inúmeras dificuldades que enfrenta quem decide fazer reformas e aceita governar um país num mundo cada vez mais globalizado. Para tanto, terão de ser realistas! Não poderão pensar segundo os modelos que aprenderam nas universidades: estão “démodés”, pois incapazes de garantirem a sustentabilidade no Planeta quer a nível social, quer ambiental e dos recursos. Aqui, mais uma vez remetíamos para os textos já produzidos em Julho/Agosto de 2010.
Por outro lado, os jovens teriam que se apresentar à sociedade como credíveis. Maduros! (25-45 anos!) Conhecedores dos dossiers! (universitários distintos) Arrojados nas propostas! Rompendo com o passado, mas tendo em conta o presente, portanto, com rupturas não demasiado abruptas! Propostas a nível nacional tendo em conta o contexto global! Assegurando honestidade na governação, fazendo crer que irão governar e não “governar-se”! Alterando as leis que protegem os criminosos, sobretudo os de colarinho branco e os corruptos, advogando, por exemplo, as escutas como válidas em qualquer processo de corrupção, punindo os advogados que salvam os criminosos, não admitindo recursos depois de uma primeira condenação, a não ser em casos extremos, etc., etc., etc. Um programa aliciante e prevendo também apertado controle interno: ovelha que se tresmalhasse seria imediatamente responsabilizada e posta fora de cena! De outro modo, não há alternância que consiga alterações significativas para “salvarem” as pátrias, “salvarem” o mundo, um mundo cada vez mais global e globalizante. Uma coisa é certa: revoluções para a continuidade dos "mesmos", com os mesmos modelos, de certeza que não interessam!

segunda-feira, 7 de março de 2011

A MULHER, a primeira grande vítima do sistema!

Amanhã, 8, celebra-se mais um dia internacional da MULHER. Por muitas razões que haja para comemorar tal evento, nenhuma aponta para o facto referido em título. Ela é vítima, antes mesmo das crianças, mesmo dos jovens que se vêem forçados a emigrar porque sem futuro no seu país. Nas sociedades ditas desenvolvidas, é-o pela discriminação de que ainda é vítima na prática política, económica, social: normalmente, ganha menos que os homens, é preterida àqueles em concursos, ocupa muito menos lugares políticos ou de governo, sofre o síndroma da maternidade, não assumindo as sociedades essa como uma função primordial da Mulher, logo, com todas as regalias inerentes; não: em muitos casos, tal função é-lhe penalizadora no emprego e na remuneração, pois não produz tanto como um homem que não tem de desempenhar tal tarefa. O cúmulo da hipocrisia social!
O problema agrava-se nos países pobres e/ou incultos, ou dominados por sistemas religiosos fortemente machistas. Aqui, a Mulher vê os seus filhos, gerados na dor e na penúria, morrerem-lhe nos braços por falta de alimento ou por doença – e são 25.000 por dia, segundo dados recentes da UNICEF! Ou, então, ultrapassando a difícil idade da meninice, vê-os, cedo, serem armados soldados para se enfileirarem em movimentos de revoltosos, ou ainda emigrarem para países onde haja perspectivas de um futuro melhor, perspectivas tantas vezes goradas e falsas, tantas vezes mortas na própria viagem – feita nas mais precárias condições, tendo, no entanto, pago exorbitâncias aos gulosos passadores – antes de chegarem ao país do sonhado El dorado! E não é um nem dois! Embora a situação tenha vindo a melhorar, (há duas ou três décadas, a média de filhos por mulher era assustadora!) são, às vezes, ainda 5, 6, 7..., como se fosse fêmea parideira, sem dignidade nem amor pelos seus rebentos! (Ver dados no final) Porquê? – Porque o “seu” homem apenas pensa em usar, sem qualquer consideração pelo ser de quem abusa ou por aqueles que das relações quase sempre impostas à mulher, virão a nascer. Acaso pensa, planeia o futuro seu, dela e deles? – Não! Ignorância de como usar o preservativo? Simplesmente não o querer usar? Convicções impostas pela religião ou costumes tribais? Seja o que for, o homem em quase nada é vítima. Nem no sofrimento dos nove meses de gestação, nem no do parto, nem no ver morrer os filhos ou de os ver partir, tantas vezes, para a... morte! Esse sofrimento fica todo, ou quase todo, para a mulher!
Valerá a pena referir que o sistema económico-financeiro que rege o mundo é, no todo ou em grande parte, o culpado desta trágica situação? – Claro que vale! Basta pensar em como tudo seria diferente se o mundo fosse mais solidário e, em vez de os países ricos levarem armas e guerras aos países pobres, lhes levassem cultura e desenvolvimento das mentes antes mesmo do desenvolvimento nas estruturas básicas e sociais.
Mas quem quererá pensar nisso, integrado que está, até ao âmago da alma, neste perverso sistema do qual é autor e do qual usufrui apenas benesses?
Vejam-se, no entanto, estes dados recentes do Demographic and Health Serveys, focando os três países mais problemáticos do mundo (onde, certamente por dificuldade de obtenção de dados, não se incluem países africanos):
Mulheres sem educação
- Paquistão ......51%
- Nepal ..........49%
- Índia ..........42%
Média de filhos por mulher
- Paquistão ......4,1
- Filipinas ......3,5
- Cambodja .......3,4
Mães adolescentes (15/19 anos)
- Bangladesh .....33%
- Filipinas ......26%
- Nepal ..........19%
Mortalidade infantil
- Paquistão ......7,7%
- Cambodja .......6,6%
- Índia ..........5,7%
Só me resta propor a leitura do livro “Um Mundo Liderado por Mulheres”, Esfera do Caos, onde se advoga uma liderança feminina para “dar a volta” ao mundo. Com mulheres sábias, inteligentes e honestas, claro!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

O paradigmático exemplo do papel higiénico

“Quando todos os indianos e chineses pobres começarem a usar papel higiénico, acabar-se-ão as árvores no mundo” – dizia, por graça, um guia turístico numa viagem qualquer, ao Nordeste da Europa.
A afirmação, à primeira vista inócua, afinal, tem muito de real. Sem quaisquer dados que o suportem, poderá conjecturar-se que apenas um quarto da humanidade usa papel higiénico. Claro que muitos destes utentes usam e abusam, gastam como se as matérias-primas não mais acabassem nem fossem roubadas a habitats onde vivem – agora, sobrevivem ou desaparecem! – outras espécies animais com o mesmo direito à vida como nós. Basta ver o que se passa em hotéis, spas, ginásios, piscinas, etc.
Ora, todos os outros quatro a cinco biliões de seres humanos têm o mesmo direito ao papel higiénico que os já utentes – uma minoria! – e, a breve trecho, quererão usufruir de tal direito. Então, como será? Onde arranjar matéria-prima para tanto papel? As florestas já são dizimadas para a venda de madeira – e tem de se reconhecer que essa actividade constitui o ganha-pão de muitos pobres da Amazónia, África equatorial, Bornéu, etc. – para a plantação de palma, soja e milho, não só para consumo humano e animal mas também para a produção falsamente “verde” de bio-diesel, ou simplesmente pastagens que alimentem o gado, já não falando nos incêndios que as dizimam em milhões de hectares, verão após verão – verões que vão sendo cada vez mais agressivos devido às alterações climáticas, pelo efeito de estufa dos gases poluentes originados nos próprios incêndios, nos vulcões, nos combustíveis fósseis usados em transportes e na produção de electricidade. Teremos ainda de acrescentar a estes factores nefastos para a floresta, a pasta para papel a usufruir por todo o “mundo”? – Será a catástrofe ambiental total, minhas senhoras e meus senhores! O Homem de hoje, movido apenas pelo consumo para o qual apelam todas as publicidades alimentadas pelos sistemas económico-financeiros que nos (des)governam, vai destruir-se a si e, sobretudo, aos seus filhos e netos, destruindo o habitat em que vive, não tendo mais ar puro para respirar, ele e os seus descendentes! E tudo isto em nome de um bem-estar que tenderá a ser global, mas bem-estar incomportável com a sustentabilidade ambiental sem a qual ele não poderá sobreviver! Grande inteligência a deste Homem, não há dúvida! Mas o mesmo Homem não tem o direito de fazer isto aos seus descendentes. Os seus ascendentes deixaram-lhe uma Terra onde era agradável viver; ele terá de fazer outro tanto para os seus vindouros!...

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Não valem a pena as revoluções se...

Escrevi, comentando um texto do blog que também se debruça a nível mundial sobre estes temas (http://outrapolitica.files.wordpress.com):
«Já é tempo de, em vez de se falar de segurança social, de desemprego, de pobres e de desigualdades, pôr o problema onde deve ser colocado:
1 - No sobrepovoamento do Planeta, com falta de planeamento familiar, sobretudo nos países mais pobres: já atingimos a aterradora cifra de 7 mil milhões!
2 - No insucesso total dos modelos económico-financeiros que regem o mundo e que o estão atirando para uma catástrofe global, quer social, quer ambiental.
Porque não se colocam os problemas do mundo nestes termos? É difícil? Não haverá soluções? Ninguém terá força para acabar com ignorâncias que levam ao sobrepovoamento, ou destronar poderes instalados que querem manter os sistemas que lhes permitem usufruir, sozinhos, de todos os recursos da Terra, exaurindo-os em seu proveito (Recorde-se que 5% da população mundial possui 95% da riqueza produzida no mundo!), sistemas que, a continuarem em vigor, jamais permitirão o pleno emprego ou a satisfação das necessidades básicas de toda uma população?
O exemplo vindo do Cairo será um primeiro passo. Mas não o único até porque o que os jovens fundamentalmente querem é emprego e bem-estar, os pobres, sair da pobreza, o que, no limite, significa os mesmos emprego e bem-estar. Mas ninguém se interroga sobre os modelos actuais de criar emprego: desenvolver a economia, criando riqueza, através da produtividade, concorrência, exportação, lucro. Ora, como provo no meu blog "Ideias-Novas" e no meu livro "Um Mundo Liderado por Mulheres", isto é insustentável a curto-médio prazo. Aliás, convido todos a fazerem deste blog uma plataforma de arranque e a criarem outros como os mesmos objectivos, a nível mundial, em ordem a uma mudança de paradigmas de criar riqueza e de diminuir a população, evitando-se também o flagelo da emigração que atinge os países pobres, cada país tendo que cuidar dos seus cidadãos e não permitindo nascimentos que não correspondam à capacidade de sustento dos que vão nascendo e engrossando a sua população.
Estes são realmente os pontos fulcrais a enfrentar e a debater para que os problemas do mundo se atenuem, tanto a nível ambiental como social. Nada adianta fazer revoluções com outros objectivos que não estes!»
Ao que se acaba de dizer, certamente não será necessário acrescentar, repetindo-nos, que a economia de um país não poderá continuar a crescer ad infinitum, para continuamente criar novos postos de trabalho, manter o pleno emprego e cuidar dos seus velhos que, cada vez, com a esperança de vida a aumentar, serão mais numerosos, primeiro, nos países desenvolvidos, depois, em todo o mundo. É que não há recursos para tanto ou... para tantos!!!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Um plafond de riqueza, porque não?

Antes de abordar o assunto, permitam-me recordar que os textos-base deste blog – Sustentabilidade 1-7 e Modus operandi 1-7 – foram publicados em Julho/Agosto de 2010. A quem só há pouco aqui chegou, sugeria-se uma releitura daqueles textos para melhor se integrar na dinâmica da mudança que se propõe. Posto isto, o assunto de hoje.
Visando uma nova sociedade, com novos modelos económico-financeiros que determinariam, obviamente, novas políticas, preconiza-se um plafond de riqueza para os indivíduos singulares e também para as sociedades empresariais que não quisessem reinvestir os seus ganhos. Mas, sobretudo, para aqueles. Nada justifica, em nome de uma suposta liberdade de enriquecimento, permitir tal coisa a indivíduos dentro de uma sociedade bem organizada: as liberdades têm de ter limites, além de que “A minha liberdade acaba onde a liberdade dos outros começa.”
E, enquanto vigorar o modelo económico-financeiro actual, baseado num liberalismo eocnómico e num capitalismo que, em muitos casos, é selvagem, pois sem controle de qualquer entidade credível, a nível global, ter-se-á de criar essa entidade, entidade supra-nações, aceite por todos os países, para que o controle seja eficiente. Mais uma vez, todos gritarão: “Utopia! Utopia!” É! Será utopia enquanto o Homem quiser! Enquanto as massas pobres e famintas da Terra não se levantarem e, mesmo morrendo em combate – pacífico ou violento?! –, não tolerarem tal estado de coisas, (o exemplo acaba de nos chegar do Egipto!), depondo de seus pedestais todos os senhores da Terra que a controlam, tendo usurpado o Poder e constituído leis que os protegem e protegem esses mesmos poderes. E, infelizmente, com o beneplácito, e mesmo com o voto do mesmo povo. Enganado, está claro! Rendido ao fatalismo que lhe inculcaram na mente, apoiando-se tais senhores nas religiões que pactuam com tais regimes... O maior escândalo é-nos chegado da Índia e do hinduísmo: quem se revoltar contra a sua situação actual, na próxima encarnação será castigado e será ainda pior ou deixará mesmo de pertencer à raça humana, encarnando em bicho ou verme... O cúmulo! E, assim, minhas senhoras e meus senhores, os párias jamais se revoltarão contra a classe dirigente, sacerdotal e guerreira, classes que saíram da cabeça e do braço do Deus-Criador Brama, quando os párias saíram de seus pés, para sempre rastejarem aos pés daqueles...
Ah, quem levara a essas centenas de milhões que assim vivem acorrentados nas suas consciências, a luz da Ciência e do Conhecimento!...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A tirania do lucro

Todos estamos tiranizados pelo lucro. As sociedades estão organizadas para que toda a economia dê lucro e, através dele, se desenvolva, aumente o PIB per capita, seja competitiva, crie recursos para se criarem novas empresas e, com elas, novos postos de trabalho, aumentando o bem-estar das populações, satisfazendo as suas legítimas aspirações. Até parece estar tudo certo. Mas não! Pensando à escala global, visando uma humanidade sustentável num mundo sustentável, estará quase tudo errado.
Primeiro, deveria pensar-se que o PIB de um país não pode continuar a crescer indefinidamente. Como já frisámos noutros textos (mas voltaremos ao assunto), os impactos negativos a nível global ambiental que isso produz não serão, a curto-médio prazo, sustentáveis; assim, as sociedades e os povos já desenvolvidos não poderão continuar a ser aliciados pelos seus governantes para esta insustentável subida contínua do nível de vida. Segundo, sujeitam-se os agentes económicos a um stress que não gera qualidade de vida: nem pessoal, nem grupal e muito menos familiar: os pais, absortos na sua profissão onde têm de ser altamente produtivos para que as suas empresas sejam competitivas à escala global, trabalhando horas para além do humanamente aceitável, ficam sem tempo para o que lhes deveria ser mais caro e mais absorvente: os filhos. A todos os níveis: afectivo, desenvolvimental, físico e psicológico, num saudável equilíbrio entre uns e outros. Já nem falamos das penalizações de que, nas suas empresas, são vítimas as mulheres que engravidam e que, por isso, se retraem nessa função, função primordial, já que sem ela a espécie não sobrevive.
Enfim, fossem outros os padrões de sociedade, outros os modelos económico-financeiros, bem diferentes destes que nos acorrentam a todos, e o mundo seria mais feliz. O Homem viveria mais em equilíbrio consigo mesmo e com a Natureza de que, no fim, depende totalmente: terra, água, ar, luz e... calor! É que a qualidade de vida afere-se muito mais pelo SER do que pelo TER a que nos convida permanentemente este ambiente social, controlado pelo desregrado modelo económico-financeiro, em que vivemos.
A mudança urge, pois!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Os caminhos perversos do dinheiro

Falemos como se fora divertimento. É sempre bom sorrir, mesmo da perversidade...
Poucos, creio, se questionarão sobre o que fazem ao dinheiro, dinheiro que não gastam, os que ganham – ou roubam? – fortunas, sejam eles gestores, administradores, donos, patrões, políticos, etc. Pois bem: nos círculos de sociedade, a pergunta repete-se, embora o segredo seja a alma do negócio: “Amigo, onde puseste o teu dinheiro a render?” Desde os investimentos na Bolsa de Valores ou em fundos de fraco, médio ou alto risco (nestes ganham-se e perdem-se fortunas!) oferecidos pelos bancos e instituições financeiras, até ao imobiliário onde se compra por 10 e se vende por 10+X, fazendo mais-valias que vão avolumar o bolo já enorme..., tudo se refere em conversas que tais. Uns vangloriam-se do sucesso, outros lamentam-se do fracasso e da tirania dos mercados onde há sempre os que têm informação privilegiada...
Conclui-se, pois, que, depois de terem casas de luxo, carros de luxo, e mais luxos que não vale a pena referir, o dinheiro deles – os ricos – é utilizado apenas para fazer mais dinheiro! Em tempos medievais, dir-se-ia que cometiam o grande “pecado” da usura. Hoje...
Com pecado ou sem ele, é bom de ver que está tudo errado! Não houvesse exploradores e explorados, fossem equilibrados os salários entre empregadores e empregados, a riqueza mais bem distribuída, e não haveria fortunas desnecessárias onde o dinheiro perde a sua fundamental função: adquirir os bens necessários à vida ou, se quiserem, e mais abrangentemente, servir de apoio à inovação, à produção, à exportação, ao consumo. Aliás, o stress causado aos investidores pela incerteza dos mercados – sempre especulativos! – não lhes permite grande qualidade de vida: a ansiedade é permanente... É, pois, necessário mudar de modelos económico-financeiros para que se acabe com o sistema! E urgente, em nome da sustentabilidade social global! Os novos modelos terão de ser bem estruturados, abrangentes, universais, para convencimento geral, dos “espertos” mas também dos néscios, dos senhores mas também dos dependentes, dos governantes mas também dos governados, seguindo a linha já referida em textos anteriores. Cremos que a missão de tal proposta caberá, principalmente, às universidades.
Que o mundo ficaria melhor, não há dúvida! Que o Homem seria mais feliz, é para nós, uma certeza.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Morte e ressurreição de Keynes

As palavras e dissertação são do professor de economia da Universidade Politécnica de Madrid, Julián Pavón. Se se interessam pelo tema - Keynes volta a estar na moda! - e gostam de estar informados, cliquem no link

http://www.youtube.com/watch?v=mk6vgZGdar8&feature=channel

Ouvindo as sábias palavras, entre outras conclusões, podemos deduzir que o descontrole dos sistemas financeiro-económicos que governam o mundo já não tem solução com modelos clássicos, sejam eles de Keynes, de Friedman ou de tantos prémios Nobel da economia. Há que repensar novos modelos à escala global. Esses passam, sem dúvida, por alterações radicais na filosofia do dinheiro, numa nova ordem financeira mundial onde acabe a usura e o dinheiro tenha a sua função social, nobre função deturpada pelo sistema actual, gerando infundadas fortunas, sem qualquer sentido na construção de uma sociedade global equilibrada. Esse é o desafio que aqui assumimos, uma aventura na qual convidamos todos a participar. Só agindo à escala global se poderá ter algum sucesso.
O tema será objecto da próxima mensagem.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Uma boa notícia para Portugal

Dizem os “sábios” do Governo português que ter conseguido colocar no mercado a dívida pública é uma boa notícia. Já toda a gente disse que não é – e que é mau negócio - por causa dos juros a pagar. Mas, dentro do espírito optimista dos últimos textos, transcrevo, com a devida vénia – polémicas à parte sobre as renováveis - uma boa notícia aparecida no blog “a-ciencia-nao-e-neutra” – blog que, obviamente, se aconselha – do Prof. do IST, Pinto de Sá:
«Ora no ano passado, 2009, dei aqui conta de uma invenção americana revolucionária que permite extrair rentavelmente o gás natural existente sob solos com xistos argilosos. Essa invenção foi considerada pelo MIT a maior nas tecnologias de Energia em 2009, e com ela as reservas em gás natural dos EUA passaram bruscamente para 90 anos, talvez mesmo 160 anos, segundo o MIT!
O certo é que esta tecnologia, com a "baixa inércia" típica dos americanos, redundou já numa corrida ao gás xistoso e, com isso, o seu preço caiu drasticamente nos EUA! De tal forma que, apesar do Congresso ter ratificado para 2010 e 2011 as ajudas à energia eólica, os investimentos nesta caíram 72% em 2010 e prevê-se uma queda adicional sobre o remanescente de 50% em 2011! E é por isso que os investimentos da EDP-Renováveis nos EUA procuraram agora um comprador chinês que os salve...
Bem, mas só há gás xistoso nos EUA? Não, há em todo o mundo, e por isso também o MIT considera sem dúvida que o gás natural reúne todas as condições para substituir o poluente carvão e ser a via de uma transição paulatina para um futuro descarbonizado.
E na Europa?
Pois, na Europa também há. Sobretudo na Polónia e Alemanha, mas enquanto na Alemanha os lobbies eólico-solar esforçam-se por assobiar para o ar e levantar objecções ambientalistas, a Polónia já se vê como a nova Noruega, dado que as estimativas mais recentes das suas reservas apontam para 200 anos! E daí também que os capitais activos nestas coisas tenham acabado de dar um passo para controlar esses recursos, nomeadamente a ENI italiana que tem uma relação tradicional com a nossa GALP.
Há, com efeito, uma corrida silenciosa neste momento ao controlo dos recursos europeus em gás xistoso. O silêncio advém por um lado de como o gás xistoso mata com um tiro fatal todo o movimento ecótópico e os seus interesses subsídio-dependentes, assim como os media cujo pensamento eles controlam, e advém também dos negócios fantásticos que se congeminam nos corredores.
E é aqui que entra a boa nova que vos trago: Portugal também tem uma grande reserva de gás xistoso, que começa por alturas de Fátima (Nossa Senhora de lá deu-nos esta prenda!...) e se estende pela zona marítima exclusiva.

Razão tinha, portanto, quando há pouco mais de um ano eu dizia que a "aposta estratégica no mar" de Portugal, depois de termos deixado de ter frotas mercante e pesqueira e Ultramar sob bandeira nacional, só fazia sentido se houvesse lá petróleo. Só tinha um pequeno erro, este vaticínio: não é petróleo que temos, é GÁS XISTOSO!
A ver se não o deixamos cair em mãos alheias!...»

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Em economia, não foi já tudo dito?

Parece que não! Digam-no os periódicos de todo o mundo que diária, semanal ou mensalmente, enchem os leitores de ideias e de opiniões.
Neste blog de Ideias-Novas – nós que não nos arvoramos em experts em tais “complicados” assuntos – pretendemos apenas ver para além das quotidianas questiúnculas de que os outros se vão ocupando. E isto sem qualquer arrogância ou monopólio de ideias novas – revolucionárias! – sobre o assunto. Aliás, já é corrente, em muitos desses periódicos, afirmar-se que, para fazer o mundo sair da crise em que está mergulhado, e não voltar a cair em outras, não se podem continuar a usar os mesmos métodos ou os mesmos modelos, sendo agentes os mesmos protagonistas que foram os causadores da crise e que, nem com ajudas dos contribuintes e dos governos, dão mostras de serem capazes de sair dela.
Então, não é já tempo? Não é já tempo de nos virarmos – experts e não experts – para novos modelos económico-financeiros que garantam a sustentabilidade do Planeta e da humanidade nele? Não é tempo de pensarmos realmente “global” – como, agora, é moda dizer-se – e enveredarmos por outros modelos que não os actuais que nos levaram e nos continuarão a levar à ruína e ao caos social?
Remeto, então, e mais uma vez, para os meus textos escritos anteriormente, sobre “Sustentabilidade” (1-7) e “Modus Operandi” (1-7). Só duvido é que possa convencer o mundo da razão que, de certeza, me assiste, pois parece não interessar a ninguém – mormente aos lobies instalados! – que tal mudança de paradigma aconteça!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A crise... Mas não haverá mais para além da crise? (5/5)

Portugal pode ainda orgulhar-se de:
- uma história que conta feitos heróicos, sobretudo devido à vontade de um homem chamado Nuno Álvares Pereira que, impondo-se aos espanhóis, permitiu a paz para que a nação se lançasse na epopeia dos descobrimentos marítimos.
- uma história ímpar que ligou todos os continentes comercialmente pela primeira vez na história da humanidade, no século XVI.
- uma história de que se orgulha por ter conquistado meio mundo nesse século, com base no respeito pelos outros povos, com base nas trocas comerciais, com base na diplomacia.
- um monumento que tem 6 órgãos, sendo o único no mundo (Convento de Mafra).
- uma selecção de futebol que, em Maio de 2010, estava no 3.º lugar do ranking mundial, entre mais de 200 nações, só o Brasil e a Espanha estando à frente com poucos pontos de diferença.
Portugal tem revelado ainda ao mundo a capacidade de:
- estar a criar um medicamento que previne e combate a obesidade.
- produzir os melhores sapatos do mundo.
- produzir os fatos usados na Fórmula 1 e pelos astronautas da NASA e pelos nadadores de alta competição.
- produzir o melhor software de GPS do mundo.
- fabricar os melhores lasers do mundo, utilizados na medicina e na indústria aeroespacial.
- produzir os adereços utilizados pela indústria cinematográfica de Hollywood.
- ter a maior variedade gastronómica do mundo.
- inventar a única palete de cores existente no mundo para leitura de daltónicos.
E ainda há mais:
De acordo com os dados do European Innovation Scoreboard, falando de Tecnologia,
- Em 2009, Portugal foi considerado growth leader no grupo dos países moderadamente inovadores;
- É o 7º no ranking dos que mais progrediram na Europa a 27, nos últimos cinco anos;
- A despesa total com inovação e desenvolvimento tecnológico representou 1,51% do PIB em 2008, superando a Espanha (1,27%) e a Irlanda (1,31%);
- Foi considerado pelo Banco Mundial um top performer no que respeita ao bom ambiente para os negócios e a abertura de novas empresas;
- Ocupa o primeiro lugar, na União Europeia, na disponibilização e sofisticação dos serviços públicos online, ocupando o 3º lugar na penetração de banda larga móvel.
Outros motivos de orgulho haverá. O leitor que os evidencie em comentários!
Temos, pois, um País de muitos sucessos! E é realmente tempo de os mostrarmos ao mundo e de nos orgulharmos deles! Para que sejamos credíveis! Competitivos! Produtivos!
Mas...