«Sr. Presidente,
Já que fomos obrigados pela incompetência dos agentes políticos – todos incluídos! – a ir para eleições,
Já que nenhum dirigente partidário oferece credibilidade para, seja qual for o resultado das eleições, formar um governo de unidade nacional como se impõe, de momento,
Já que Portugal só parece ser governável com um governo apartidário ou supra-partidário,
Já que não se levanta em Portugal nenhum movimento popular, como na Islândia, impondo um tal governo que ponha ordem em todos os agentes políticos incompetentes que têm de passar pela vergonha – vergonha que é cúmplice com todo um povo que os elege! – de serem ensinados pelo FMI a fazerem as contas "de casa"...,
Cabe-lhe a si, Sr. Presidente, tomar a iniciativa, no exercício da sua magistratura activa e no espírito da actual Constituição, como diz o Prof. Jorge Miranda, dizer ao País, mesmo antes das eleições, que não nomeará qualquer um dos líderes partidários para primeiro ministro, mas uma personalidade credível da área do partido mais votado, personalidade que formará o tal governo de unidade nacional, governo que execute o programa do FMI, faça todas as reformas profundas que é necessário fazer em todos os sectores da vida nacional, obtendo simultaneamente o compromisso escrito com a maioria dos partidos, sobretudo PSD e PS, de nenhum boicote por parte da Assembleia da República às severas medidas adoptadas, incluindo, obviamente, a redução de deputados para o máximo de 180, segundo a Constituição.
Por favor, cumpra este seu dever para com Portugal!
Cumprimentos.»
Se uma boa parte dos portugueses enviasse ao Presidente uma carta como esta, seria um acto de patriotismo muito mais importante e significativo do que ir votar (em quem, se nenhum deles é credível?) ou votar em branco (os votos em branco não são contados para coisa nenhuma – trabalho inútil, portanto!) ou simplesmente abster-se – acto desagradável para quem o motivo não é a preguiça mas o não ter ninguém em quem se reveja como patriota credível que queira realmente servir Portugal e não servir-se...
Quem concordar, avance! Basta ir ao Google e clicar em “Escreva ao Presidente”.
terça-feira, 26 de abril de 2011
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A ideia desta carta ao Presidente é uma boa
ResponderEliminarideia. Irei fazê-lo. Mas o pior é que os
portugueses parecem que continuam a querer o
Sócrates e o Passos Coelho tem cometido tantos
erros...enfim, eleições difíceis...
Um beijo.
Irene
Olá, Irene!
ResponderEliminarSe acha boa ideia, divulgue-a! Embora eu esteja convencido, dada a mediocridade de iniciativa revelada até hoje por este presidente, que ele só tomará uma tal iniciativa se for Sócrates a ganhar. Passos não passa de um menino dele bem comportado e que, virgem nestas coisas, merecerá o benefício da dúvida. Claro que eu não vou votar em nenhum deles. Para tal, terão, primeiro de se tornarem credíveis, e tornarem credível a democracia, o que, infelizmente, não acontece. Saudações!