domingo, 20 de fevereiro de 2011

Não valem a pena as revoluções se...

Escrevi, comentando um texto do blog que também se debruça a nível mundial sobre estes temas (http://outrapolitica.files.wordpress.com):
«Já é tempo de, em vez de se falar de segurança social, de desemprego, de pobres e de desigualdades, pôr o problema onde deve ser colocado:
1 - No sobrepovoamento do Planeta, com falta de planeamento familiar, sobretudo nos países mais pobres: já atingimos a aterradora cifra de 7 mil milhões!
2 - No insucesso total dos modelos económico-financeiros que regem o mundo e que o estão atirando para uma catástrofe global, quer social, quer ambiental.
Porque não se colocam os problemas do mundo nestes termos? É difícil? Não haverá soluções? Ninguém terá força para acabar com ignorâncias que levam ao sobrepovoamento, ou destronar poderes instalados que querem manter os sistemas que lhes permitem usufruir, sozinhos, de todos os recursos da Terra, exaurindo-os em seu proveito (Recorde-se que 5% da população mundial possui 95% da riqueza produzida no mundo!), sistemas que, a continuarem em vigor, jamais permitirão o pleno emprego ou a satisfação das necessidades básicas de toda uma população?
O exemplo vindo do Cairo será um primeiro passo. Mas não o único até porque o que os jovens fundamentalmente querem é emprego e bem-estar, os pobres, sair da pobreza, o que, no limite, significa os mesmos emprego e bem-estar. Mas ninguém se interroga sobre os modelos actuais de criar emprego: desenvolver a economia, criando riqueza, através da produtividade, concorrência, exportação, lucro. Ora, como provo no meu blog "Ideias-Novas" e no meu livro "Um Mundo Liderado por Mulheres", isto é insustentável a curto-médio prazo. Aliás, convido todos a fazerem deste blog uma plataforma de arranque e a criarem outros como os mesmos objectivos, a nível mundial, em ordem a uma mudança de paradigmas de criar riqueza e de diminuir a população, evitando-se também o flagelo da emigração que atinge os países pobres, cada país tendo que cuidar dos seus cidadãos e não permitindo nascimentos que não correspondam à capacidade de sustento dos que vão nascendo e engrossando a sua população.
Estes são realmente os pontos fulcrais a enfrentar e a debater para que os problemas do mundo se atenuem, tanto a nível ambiental como social. Nada adianta fazer revoluções com outros objectivos que não estes!»
Ao que se acaba de dizer, certamente não será necessário acrescentar, repetindo-nos, que a economia de um país não poderá continuar a crescer ad infinitum, para continuamente criar novos postos de trabalho, manter o pleno emprego e cuidar dos seus velhos que, cada vez, com a esperança de vida a aumentar, serão mais numerosos, primeiro, nos países desenvolvidos, depois, em todo o mundo. É que não há recursos para tanto ou... para tantos!!!

2 comentários:

  1. Olá Francisco,

    Concordo consigo. Mas, se os recursos fossem mais distribuídos, se não fossem parar só ás mãos de uns poucos, teríamos os problemas sociais a caminho de serem resolvidos.
    Assim... para quando?
    Vê alguma luz ao fundo do túnel?

    Cumps
    Pé de salsa

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  2. Olá, Pé de Salsa!
    Infelizmente, a luz ao fundo do túnel parece-me que só aparecerá quando os três quartos da humanidade que vive com os 5% da riqueza produzida no mundo se revoltar e "chassinar" o outro quarto... Ou então, quando o sistema económico-financeiro implodir por dentro já que, creio, sem viabilidade e/ou sustentabilidade a curto-médio prazo. Ou ainda quando o sistema social não sustentar mais desempregados, sobretudo jovens à procura do primeiro emprego. Serão eles o motor da revolução, mas uma revolução como eu defendo, com mudança radical dos paradigmas que nos regem. Pensando localmente, não crendo nos políticos - todos! - que nos desgovernam e que se servem do País, dizendo servi-lo, o meu protesto prático é não votar: eles têm o poder, fizeram-no à sua medida e não o querem perder. Por outro lado, vou lutando por aqui, tentando convencer meio mundo de que tenho razão...
    Saudações
    Francisco

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