O FMI ou Troyka já se foi. Não sabemos quanto se cobrou pelo serviço prestado. Esperava-se muito mais e trabalho durante mais tempo. Que fossem uma espécie de sombra do governo, in loco, não à distância. E, ao que se conhece, muitas coisas deixou por dizer, fazer ou por obrigar a fazer:
- Obrigar os bancos a pagarem impostos como qualquer empresa.
- Obrigar a reduzir 50% nos vencimentos dos gestores (e afins) dos bancos a quem coube uma fatia de c. de 15% do empréstimo – 12 mil milhões! – CGD incluída. O mesmo para os gestores das empresas públicas, as que dão lucro e, obviamente, também as deficitárias.
- Acabar, por tempo indeterminado, com os prémios de produtividade sobretudo no sector público mas também, devido ao empréstimo, no sector bancário.
- Obrigar à renegociação em favor do Estado de todos os contratos nas PPP.
- Propor a renegociação da dívida existente, dívida que tudo leva a crer que seja impagável nos termos em que se encontra no momento, com juros especulativos: quanto mais sobem os juros, menos possível é a uma economia débil pagar a dívida.
- Extinguir a RTP (que dá milhões de prejuízo e onde os gestores são lautamente bem remunerados), privatizando-a.
- Privatizar as empresas deficitárias do Estado e não as que dão lucro. (A abrigatoriedade de privatizar a TAP, EDP, REN, etc., é uma demagogia e uma forma fácil de fazer dinheiro, mas apenas uma única vez, acabando-se com os últimos “anéis” que o Estado tinha para obter receita, além do ouro do BdP).
- Obrigar a reduzir 50% em pessoal e mordomias em:
1 – Presidência da República
2 – Assembleia da República (a começar pela redução para 180 dos deputados)
3 – Ministérios como, por exemplo, o da justiça.
- Obrigar a reduzir em 50% os Institutos públicos, as empresas municipais, as juntas de freguesia, as transferências para a Madeira e os Açores, indicando quais (este o grande problema!).
- Obrigar a reduzir 50% as Forças Armadas que são um sorvedor de dinheiro e passam a maior parte do tempo sem nada fazerem nos quartéis.
- Obrigar à revisão do Código penal, não permitindo-se mais o escândalo de, salvo casos de vida ou de morte, recursos sucessivos de tribunal em tribunal. (Veja-se o recentíssimo caso de Isaltino: já condenado em duas instâncias, ainda vai recorrer para o Tribunal Constitucional! Grandes leis as nossas, caramba! – Mas para protegerem os criminosos e atrasarem a justiça!...)
- Obrigar a reduzir as importações de bens produzíveis no País, dinamizando sectores como o da agricultura e pescas!
- Reduzir o número de ministérios, de secretários de Estado, de assessores (Estes, acabar com eles, pois são a melhor fonte de emprego para os boys e girls de todos os partidos!)
Enfim: The last but not the least!
- Estabelecer critérios para pagar a dívida, escalonando-a, não só pelos prazos a que os empréstimos foram contraídos, mas também dizendo donde deverá vir o dinheiro para a pagar. Sem isso, nada feito: é só adiar a morte lenta do país. Com este empréstimo de 78 mil milhões, respiramos até quando se tudo continua quase na mesma, sem crescimento que pague dívida e juros e as despesas correntes?
De concreto nada ou quase nada a Troyka fez! Deixou tudo para fazer a uns senhores que, comprometidos no sistema, não serão capazes de mudanças que exigem tremendos cortes nos amigos e nos partidários!
Espera-se, pois, que Portugal vá ao fundo. Aí, insolvente, talvez seja comprado pelos chineses para aqui fazerem uma estância de férias para os seus novos ricos!...
segunda-feira, 9 de maio de 2011
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Obrigada pela visita!
ResponderEliminarBem vindo!
Boa semana!
Carla
Obrigado também, Carla! E, se esta bagunça da política não lhe interessa, delicie-se com o meu outro blog sobre quezílias religiosas, "Em nome da Ciência", onde se põe a nu a fragilidade de tantas "verdades" inquestionáveis!
ResponderEliminarSaudações!