quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Interrupção forçada de férias!

Perante os graves acontecimentos que se vão sucedendo pelo mundo, quer político – violência inaudita e sem sentido em Inglaterra – quer económico-financeiro, como o sistema bancário suíço, ao qual chamam “a maior lavandaria de dinheiro “sujo” do mundo, a tremer perante a exigência dos USA em conhecer as contas milionárias dos norte-americanos que ali depositam o dinheiro vindo dos seus negócios escuros de venda de armas, drogas, ouro e diamantes, matérias primas, fugindo ao fisco..., além do afundamento das bolsas mundiais por receios de uma recessão global das economias não emergentes e, obviamente, dos países europeus que ameaçam entrar em colapso devido às dívidas soberanas, tivemos de regressar, pelo menos com uma intervenção, das gostosas férias que ainda nos são permitidas a nós, os que de algum modo pertencemos à classe dos “ricos”...
Não há dúvida: cedo ou tarde os países ditos ricos deverão ou terão de aceitar uma humanidade muito diferente da actual baseada num sistema económico-financeiro sempre propiciando a corrupção e a ganância. E, para tal, estabeleceríamos cinco pilares (não os do Islão, está claro!) a que todas as pessoas têm direito:
1 – ao trabalho (aqui, ao mesmo tempo, o dever de trabalhar).
2 – ao alimento
3 – a uma casa ou abrigo
4 – aos cuidados de saúde (aqui, controlando o crescimento da população, para não exaurir os recursos escassos e limitados da Terra, bem como deixar lugar às outras espécies animais e vegetais)
5 – à educação
Os USA e a Europa, que impuseram ao mundo o actual corrupto sistema económico-financeiro, serão forçados a aceitar mudanças radicais. Se não, serão vítimas da violência por parte dos pobres deste mundo e dos ataques das economias emergentes, nomeadamente da China e da Índia que encherão o mundo com os seus produtos, a preços tão baixos que implodirão todas as empresas semelhantes europeias e norte-americanas. Portanto, se isto é certo, mais cedo ou mais tarde, é um erro continuar a salvar os sistemas financeiros que estiveram no início da actual crise em que o mundo rico está mergulhado e que não têm argumentos para o fazer sair dela.
Claro que o problema será como mudar, quem começará, quanto tempo de transição será necessário (Não mais bancos, não mais agências de rating, não mais offshores, não mais bolsas, não mais usura: dinheiro ganhando dinheiro não olhando a meios para alcançar tão ganancioso objectivo, aliás, filosoficamente e humanamente, estúpido...)
Este é o grande desafio colocado às Universidades de Economia do mundo inteiro. Estamos curiosíssimos em saber qual delas será a primeira a ter a coragem de dar o primeiro passo em ordem a apresentar soluções!

3 comentários:

  1. E assim vai o mundo...!
    Quando os chefes dão tais exemplos que haverão de fazer os mais pequenos...?

    Não há palavras nem há pachorra...

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  2. Olá, Luis!
    Prazer em vê-lo por cá, mesmo cruzando os braços de impotência de mudar o mundo... Realmente, parece que cada um de nós nada pode fazer para alterar a situação, pois são "eles" que tudo comandam e ordenam. Resta-nos ir lutando para sobreviver ou viver o melhor possível dentro do sistema que, quer queiramos quer não, é o que nos é oferecido como única alternativa. Por enquanto, claro! A crise vai fazer mudar muita coisa!
    Um abraço!

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  3. Olá Dr. Domingues!

    "É necessária uma desordem, para acabar com esta ordem..."

    A Natureza vai resolver isto, vai ver. E não precisa de bombas, nem de muito tempo.
    Será péssimismo a mais da minha parte? Talvez!
    Não me fundamento em nada para dar esta opinião, mas penso que os homens já não conseguem, ainda se fôsse só Portugal?

    Bom fim de semana.
    Dilita.

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