Afinal, parece que, nos tempos de crise que vivemos, não faltam ideias novas, novas e boas! Por um lado, diz-se que há toda a conveniência em tender para plafond 0, nos OE, equilibrando receitas ou crescimento do PIB e dívida, deixando esta de ter significado – pese embora a constatação de que todos os países ditos ocidentais estão endividados, sendo os Estados-Unidos o mais endividado deles – para ter credibilidade externa, ou seja, "sentirem" os credores que o País tem capacidade de pagar os empréstimos concedidos. Por outro lado, há que ver como se obtém tal plafonamento 0. E, aqui, duas soluções se apresentam únicas para todos os economistas: 1 - aumentar as exportações que geram riqueza, riqueza que, por sua vez, gera superavit para pagar dívida e juros; 2 – reduzir drasticamente as despesas internas, quer no consumo de energia proveniente de importações – petróleo, gás e carvão – quer no consumo de bens importados para pagar os quais, divisas saem do país. Como obter resultados, dentro destes parâmetros, é o desafio que se coloca a todos os economistas nacionais e internacionais. Quanto a Portugal, há quem alvitre, para aumento das exportações, isentar de IRC as empresas exportadoras; para diminuição das despesas, alvitra-se: 1 - proibição de os bancos emprestarem dinheiro para o consumo de bens importados; 2 – incentivar ao consumo de apenas bens nacionais, dinamizando a economia; 3 – diminuir a circulação automóvel privada, circulando dia sim, dia não, conforme as matrículas par ou ímpar, poupando nas importações de petróleo; 4 – diminuir a velocidade permitida de 120 para 100, poupando entre 10 a 20% em combustível (com multas severas para os infractores, pois só multas severas são dissuasoras!) Muito boas ideias, portanto. Haja coragem para as pôr em prática!
Aliás, seriam medidas menos anti-sociais – e por isso, menos sujeitas a contestação – do que as da redução dos salários, a redução do subsídio de desemprego ou do tempo em que se recebe, a comparticipação nas despesas com a saúde, a redução do subsídio social de inserção.
Renegociar os juros da dívida também se considera essencial, tanto para credores como para devedores, seguindo, aliás, o princípio de “se eu devo pouco dinheiro, o problema é meu, se devo muito dinheiro, o problema é do credor e não meu ou unicamente meu”. Há, pois, que (na Grécia será ainda mais premente!), renegociar rapidamente os juros e prazos de amorização a que foram colocados os empréstimos; de contrário, será muito difícil a Portugal criar, nos próximos anos, riqueza que permita as amortizações no tempo definido.
Resta o problema – mas este é global – de saber até onde deverá crescer o PIB de um país, mantendo a contínua criação de emprego. Tal tema será objecto de análise em próximo texto. Até lá!
segunda-feira, 20 de junho de 2011
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