A situação a que o mundo chegou é tal que nenhum
economista arrisca prognósticos de solução para o grave problema que afecta as
sociedades e o mundo: falta de crescimento do PIB, suficiente para gerar riqueza,
para gerar emprego. E seria uma riqueza em espiral, pois as economias só garantem
emprego, dizem os experts, se crescerem entre 2 a 3% ao ano. Ad aeternum!!!.
A pergunta impõe-se: “Os países ocidentais/desenvolvidos – Europa, USA,
Austrália, Canadá, etc. – não têm/produzem riqueza suficiente para colmatar
todas as necessidades dos seus cidadãos?” – A resposta é “Sim!”. Até porque, em
termos de crescimento, a população desses países ou está estagnada ou mesmo diminuindo.
Outra pergunta já aqui formulada: “A riqueza de um país, medida pelo
crescimento do seu PIB, poderá crescer ad aeternum?” – A resposta,
obviamente, é não! Basta pensar um pouco em que é que se baseia o crescimento
da economia, para chegar a essa óbvia conclusão: consumo interno e exportações
de bens transaccionáveis. É que, como é claro, o consumo tem os seus limites e
as exportações também, já que os consumidores dos países para os quais se
exporta têm exactamente os mesmos limites dos consumidores produtores. Pode não
ser no curto prazo, mas a médio prazo sê-lo-á com toda a certeza. Nós olhamos para
as nossas casas europeias e constatamos que os roupeiros estão cheios, as salas
estão cheias, os quartos estão cheios, as cozinhas cheias estão de pratos,
panelas e talheres. Então, que farão as empresas produtoras de têxteis, de
móveis, de objectos de decoração e de outras “necessidades”? Mesmo que a
inovação não pare – que não pára! – a atracção que ela exerce sobre os
espíritos mais desejosos de mudança – aqui, as mulheres levam a palma aos
homens! – esbarrará sempre com a superlotação dos utensílios nas casas. Se olharmos
para fora da Europa, USA, Canadá, Austrália, Japão e mais alguns países
desenvolvidos da Ásia – na África, haverá algum além da África do Sul? – em
muitos casos – acertaremos se dissermos 2/3 da humanidade? – ou nem sequer têm
casa ou então é tudo de uma pobreza que ronda a fome e a miséria extrema em
muitos casos. Admitamos que num futuro não muito longínquo toda a humanidade
tenha habitação digna, “dignamente” apetrechada – embora saibamos que tal situação
não interesse de modo algum ao grande capital, pois o sistema
económico-financeiro actual vive à custa desta parte miserável da sociedade – então,
não será fácil o equilíbrio entre produção e consumo, venha a produção do
próprio país, venha ela de terceiros pelas importações. Mas não esquecer que
para importar há que ter capital para comprar os bens transacionáveis, capital
que parece apenas advir das vendas de bens, nesse país produzidos, a outros países
que os comprem. Então, o que é claro, o que é óbvio? – A certeza de que o mundo
vive numa grande injustiça, num total desrespeito pela humanidade, porque preso
nas malhas dos grandes grupos económico-financeiros, com os políticos a dizerem
“Amen!” a todos as suas directivas, não lhes interessando construir sociedades
cada vez mais justas, equilibrando a natalidade com os recursos de cada país,
pondo a economia ao serviço do Homem e não o Homem ao serviço da economia. E os
povos que “aguentem”! Até quando?
Permitam-me que remeta para o meu livro "Um Mundo Liderado por Mulheres", Esfera do Caos, livro que pode ser pedido para o meu mail fr.dom@netcabo.pt, onde se preconiza um mundo realmente novo, justo e equilibrado, tendo como objectivo último construir a fraternidade universal entre os Homens, o Paraíso possível aqui na Terra, já que o "outro" é pura ficção vendida pelas religiões aos incautos e que se deixam levar pela crença sem fundamento racional...
Temos um ditado: Água mole em pedra dura. Tanto bate até que fura.
ResponderEliminarMas Pr. Domingues, a sua Água não vai furar essa Pedra! Essa Pedra é dura de Centenas de anos de Ignorância. (A qual começou em 1578)
2..nenhuma IDEIA NOVA parece brotar dos espíritos mais lúcidos da raça humana...”
Talvez melhor : Do Povo Português! Porque os Espíritos mais Lúcidos continuam na procura de/do Mamom.
Poema (Se deseja chamá-lo!)
Antigamente
Os fantoches eram de pau
Com voz palhaça
Eram o riso da criançada
Hoje
Os fantoches são de crarne e osso
Com voz melodiosas (manhosa)
A criançada já não ri já não chora
Os fantoches
São caras de pau*
João Cardoso
Örebro - SuéciaÖrebro - Suécia
* Expressão Brasileira. Que significa pessoa falsa, enganadora.