O mundo vive
dominado pela ganância de alguns – aqueles senhores do dinheiro, os que dão o
rosto incógnito através do nome convencionado chamar-se de “mercados”.
Ora, onde é
que esses senhores arranjaram o dinheiro, dinheiro que vendem como mercadoria
cara a quem dele necessita, muitas vezes para sobreviver? – Não pode haver
dúvidas: foram-no buscar às riquezas das entranhas da Terra – petróleo, ouro,
diamantes e outras matérias-primas, fazendo monopólios, explorando os
trabalhadores, distribuindo-as, depois, a preços muitas vezes incomportáveis
para quem delas necessita.
E então, os
necessitados endividam-se. E é como uma bola de neve: quanto mais dívida, mais
difícil se torna de pagar porque os ditos senhores emprestam aos que têm mais
dificuldades a juros/taxas muito mais elevadas do que emprestam a quem tem mais
facilidade em pagar. Obviamente, deveria ser o contrário!
Bem, as
razões de haver países que necessitam de ajuda financeira são de diversa ordem:
governantes incompetentes, população além daquela que os recursos do país podem
sustentar, não geração de riqueza por deficiência da economia, economia ou
demasiado dependente de produtos de baixo valor ou fortemente dependente de
capitais caros porque de juros elevados, etc., etc.
O resultado
de tudo isto que, por conhecido, não vale a pena alongarmo-nos mais no assunto,
é termos uma humanidade completamente desequilibrada do ponto de vista de
satisfação das necessidades básicas. Assim, enquanto 5% da população
mundial, cerca de 350 milhões, vive faustosamente usufruindo de todo um
riquismo até à exaustão, 95%, cerca de 6.650 milhões, vivem remediados,
pobremente ou abaixo do limiar da pobreza, morrendo de doenças e de fome por
não terem as necessidades básicas asseguradas, já que não produzem - nem o sistema lhes permite produzir! - riqueza
suficiente para manter-se e manter os seus agregados familiares.
Então, qual seria a ideia
nova para colmatar tais assimetrias, impróprias de uma humanidade que se
diz composta por indivíduos racionais, chamados “humanos”. Apenas uma, mas que
teria de ser global, já que, para o bem e para o mal, vivemos num mundo global:
CONTROLE DO DINHEIRO! Os governantes dos países de todo o mundo deveriam
reunir-se numa grande cimeira em que decretassem o fim do enriquecimento, com
total controle das contas bancárias de cada um, contas que estariam sob
vigilância permanente, a todos permitindo fazer mais-valias até um certo
montante, montante que gastariam a seu belo prazer, mas a partir do qual, todo
o dinheiro seria investido na comunidade ou no país, em infraestruturas, em
serviços de apoio social, etc. Isto, nunca perdendo de vista o princípio
básico: “A cada um conforme as suas capacidades, o seu trabalho e o seu
desempenho!” Quem não tem capacidades ou não quer trabalhar nunca poderá ter
para além do mínimo de sobrevivência. Aliás, sendo, logicamente, um parasita da
sociedade, deverá ser convencido a mudar de vida…
Ora, tal ideia nova
vai bulir com n instituições que actualmente dominam o mundo: bancos, offshores,
monopólios, etc., estruturas que por sua vez dominam as economias dos países,
economias que fogem ao domínio ou corrompem os poderes políticos instalados.
Então, esta ideia nova –
INFELIZMENTE! – não passará de um sonho, uma utopia. Mas sonho ou utopia que,
um dia, se realizará, para bem de toda a humanidade. Até lá, o mundo continuará
a assistir, impávido porque impotente, àquela gritante desigualdade dos 5% a
terem tudo e dos 95% a não terem nada ou quase nada…
Para já, a todos UM BOM ANO 2014! O primeiro ano do resto das nossas vidas!... COM MUITA SAÚDE E ALGUM DINHEIRO PARA SE PODER IR SORRINDO SEM... FOME!
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