segunda-feira, 12 de março de 2012
8 de Março – Dia Internacional da Mulher
Interrompemos a nossa série de transcrições do livro “Um Mundo Liderado por Mulheres” para celebrar a efeméride.
Nem importam os motivos, sobejamente conhecidos, pelos quais há um Dia da Mulher e não há um Dia do Homem. Nem certamente dizer que homens e mulheres, enquanto seres humanos, são iguais em direitos e deveres para com a sociedade em que se integram, mas são diferentes na sua génese, ou na sua funcionalidade natural. E que homens e mulheres têm virtudes e defeitos. E que os homens não são nem mais nem menos que as mulheres, mas simplesmente diferentes. Todos, pois, com inteligência e sentimentos – uns mais inteligentes que outros, umas mais inteligentes que outras – todos com emoções à flor da pele. Mas, analisando as características psicológicas de um e de outra, poderíamos resumir: o homem tem uma inteligência com uma forte componente racional, a mulher, uma inteligência com uma forte componente emocional.
Então, porque apostar na Mulher para liderar o mundo e criar o possível Paraíso aqui na Terra, o único Paraíso que nos é realmente e cientificamente possível? – Pela sua quase certa actuação em relação à organização desse mesmo mundo. Seria um mundo nunca perfeito, mas tendendo para a perfeição, o que não acontece com a liderança de homens, desde que a História é História.
Aos que acusam as mulheres que têm ocupado ou ocupam cargos de chefia quer de governos, quer de empresas – poucas, por sinal, e mulheres, presumivelmente, inteligentes, sábias, dinâmicas e honestas! – de terem feito ou de fazerem o mesmo ou pior que os homens, terei de apresentar duas ou três razões para o facto:
1 – A mulher, num posto de chefia, quer mostrar ser tão boa ou melhor que o seu predecessor, mostrando o quanto ela é capaz. 2 – Ela joga no campo dos homens, em todos os domínios. O primeiro é o estar refém do sistema económico-financeiro corrupto que avassala os países e o mundo. O segundo é o de tráfico de influências em que os lobbies são forças de bloqueio que não é fácil ultrapassar. A começar pelas ditas democracias, baseadas em partidos do poder e da oposição, com alternância através de eleições, mas que, na prática, não passam de partidarite aguda, cada um procurando derrubar o outro e não contribuir para o bem de toda a Nação, todos pensando em servir-se e não em servir, como quer dizer etimologicamente a palavra “ministro”.
Sendo assim, o que resta às MULHERES?...
Um exemplo: Margaret Thatcher. Teve, pelo menos, três grandes problemas durante o seu reinado de mais de 10 anos: 1 – greves que paralisaram a produção mineira e boicotaram a energia eléctrica 2 – ataques sangrentos do IRA 3 – a guerra das Malvinas ou Falklands. Nas três situações, agiu com determinação e coragem. Tão bem ou melhor do que qualquer homem-governante o teria feito. Mas não sanou nem conflitos nem evitou mortes, nem colmatou injustiças. Semelhantemente se passou com mulheres do mesmo teor: Indira Gandhi, na Índia, Corazon Aquino, nas Filipinas, Golda Meir, em Israel, cuja reputação não é abalada pelas controversas Benazir Bhutto, no Paquistão, ou Evita Peron, na Argentina, nem pela corrupta Imelda Marcos, mulher do ditador Ferdinand Marcos, nas Filipinas. A pergunta é: em que sistema económico-financeiro e político poderia Margaret Thatcher, por exemplo, ter evitado aquilo que decidiu como qualquer governante-homem determinado? Só no novo mundo preconizado no livro “Um Mundo Liderado por Mulheres”. Esse mundo, por enquanto, é uma utopia. Compete certamente a cada um de nós torná-lo realidade, dentro da nossa limitada esfera de acção. Infelizmente, as grandes mudanças no mundo fizeram-se quase sempre com derramamento de muito sangue. Mas há, pelo menos, três figuras incontornáveis da História recente, que fizeram de algum modo mudar o mundo, sem recurso à violência: Martin Luther King, Mahatma Gandhi e Madre Teresa de Calcutá. Sigamos-lhe o exemplo! Temos a Internet e as suas redes sociais que, em segundos, nos põem em contacto com o mundo inteiro. Poderemos fazer outro tanto ou melhor.
No próximo texto, diremos estruturadamente o que dissemos, na TVI, dia 8, em fórmula de pergunta-resposta, a propósito desta efeméride e do meu livro já referenciado.
Depois, elaborarei um texto, e apresentá-lo-ei aqui como um possível modelo de documento que possa circular a nível global e desencadear um movimento imparável de mudança do mundo e dos seus paradigmas actuais masculinos, com todos os seus vícios dos quais eles não querem ou não podem libertar-se! Título: “POR UM MUNDO NOVO, UMA HUMANIDADE SISTENTÁVEL!”
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