Neste momento, em Portugal, a crise de endividamento é profunda, pública e notória, os especuladores aproveitam-se dos erros de governos passados e presentes, tendo-se andado, há décadas, a consumir mais do que se produz e se exporta, e o povo apercebe-se, finalmente, que tem de mudar de rumo. E já há vozes que clamam por novos modelos, novos sistemas que garantam sustentabilidade económica, paz social, equilíbrio nas finanças públicas, mas também nas famílias que, aliciadas pelos insensatos e oportunistas agentes financeiros, se endividaram muito para além do razoável, não resistindo à tentação de consumir, consumir, consumir e, de preferência, do melhor: uma boa casa, um bom carro, umas boas férias... Desgoverno, claro, tal como o do governo! É que chega a inexorável hora de pagar, apesar de adiada ou suavizada – o mesmo é dizer, camuflada – nos empréstimos a 20, 30 ou 40 anos. Daí a insolvência para muitas delas, a insolvência para o governo também! Mas esquecem-se os proponentes de novos modelos – normalmente os arautos de uma esquerda dita moderna – de que uma andorinha não faz sozinha a Primavera. Portugal, queira ou não, além de dever tender para pôr a sua dívida pública a zeros – um permanente zero! – igualizando as despesas e as receitas, para não hipotecar o País aos credores, “batata quente” que se deixa para as gerações vindouras..., Portugal não pode escapar aos sistemas financeiros, a nível mundial, que ditam as regras à economia, sufocando-a, embora digam todos os economistas, mesmo os mais críticos, que é esse sistema que a salva e dinamiza, sendo imprescindível. O que é certo é que a actual crise - aliás, diz-se à esquerda ou à direita (aqui, mais moderadamente) - foi despoletada e criada pelo descontrole do sistema financeiro, sistema cuja salvação continua a sorver muito da riqueza produzida pelos países, com o convencimento dos economistas liberais que nos desgovernam de que a banca tem de ser sempre forte porque é o motor da economia. Certo, com estes modelos. Totalmente errado quando se pensa em criar uma economia posta realmente ao serviço das pessoas a nível global: essa exigirá outros modelos que não estes. (Vejam-se textos anteriores)
No entanto, em Portugal, como em outros países, há mais para além da crise! Muito mais!
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