quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O País dos Eles


Este é o título de um texto do caro leitor João Cardoso que, a pedido, reproduzirei a seguir, no comentário. Mas pode servir de mote ao texto deste mês.

Repito que este blog não tem “vocação” para criticar as politiquices que vão acontecendo a todo o momento neste País, “paraíso” à beira-mar plantado. Se fosse isso, haveria assunto não só para um blog, mas para muitos que, aliás, existem por aí. Basta uma olhadela atenta e clicar no termo certo. Já não falando nos inúmeros artigos de opinião que quotidianamente, enfastiosamente enchem os jornais, nem nos “opinion makers” que, na rádio e televisão, opinam sobre tudo e sobre todos, praticamente nada de bom trazendo ao país, pois só falam e dizem mal, nenhumas soluções exequíveis apresentando, todos nós sabendo que meter as mãos na massa é que faz calos nas mãos e na saúde dos que realmente trabalham, e não o muito linguajar... As raras excepções contam-se pelos dedos. (Permitam-me que cite o nome de José Gomes Ferreira, jornalista da SIC.). E é pena! Todos devíamos ajudar o Governo a governar bem, dando sugestões exequíveis, justas e equitativas. Problema é que o Governo se descredibiliza com escândalos atrás de escândalos, neste ou naquele Ministério, e o povo tem dificuldade em aceitar colaborar nos cortes e na austeridade que um país, à beira da bancarrota, forçosamente tem de sofrer. Haja esperança na mudança. Mas, como já defendi em outros lugares e no facebook, não tenho vontade de votar em nenhum dos elementos que os partidos nos impõem para autarcas ou primeiros ministros. Não gosto desta pseudo-democracia. Afinal, eu não tenho escolha: ou voto nos “meninos” que eles me propõem ou não voto. Não há dúvida que a democracia tem de renovar-se, democratizar-se, alterar a lógica partidária, havendo apenas independentes que se proponham a governar a nação – bons gestores da “coisa pública”, é claro. Esses, sim: com provas dadas, teriam o meu voto. Neste momento, somos realmente vítimas de uma partidoditadura...

Antes de dar a palavra a João Cardoso, apenas constatar, mais uma vez, o facto já aqui contundentemente apresentado: é o actual sistema financeiro que tudo corrompe; a nível nacional, a nível global. À finança, não interessa o bem comum ou o cidadão, nem criar empregos para que o Homem se sinta útil e tenha uma vida digna; interessa apenas o lucro e a ganância. Logo, que importa que 9/10 da população mundial passe fome e morra de carências de toda a sorte se EU lucro milhões com isso? E, sinceramente, não vejo como se poderão alterar as coisas se, afinal, o povo pouco ou nada pode contra as ditaduras político-económico-financeiras, a começar pelas democráticas... Nem com uma guerra dos famintos contra os senhores do capital. É que até as guerras são feitas ou promovidas por esses senhores para terem mais... capital!